terça-feira, 6 de março de 2018

Tira-nódoas de ortografia


Apoio a Familiares

Assim que as crianças "aprendem" todas as letras do alfabeto e as conjunções menos frequentes que se podem criar a partir delas (vulgarmente chamados de casos de leitura), chega o tormento dos erros ortográficos para as famílias ( e, na verdade, para alguns professores).

Não é alarmante que os alunos numa fase inicial da escrita (1.º e 2.º ano de escolaridade) escrevam com erros ortográficos, desde que este erros sejam coerentes. Escrever "o" em vez de "u" quando o som é o mesmo, por exemplo.

Com a exposição mais frequente às palavras e com a repetição ("copo escreve-se com "o" no fim, apesar de se ouvir "u"; muitas palavras que acabam com o som "u" se escrevem com "o", como é o caso de livro), assim como treinando a análise das palavras, da sua composição sonora e da forma como se escrevem, a criança vai memorizando, estabelecendo relações e escrevendo cada vez melhor.

É por isso que nestes anos iniciais de escolaridade, os professores recomendam muitas vezes a leitura de livros, o reconto de histórias, a leitura de etiquetas. Não é só porque ler livros faz parte da tradição, mas também porque (para além de outras competências) é uma forma lúdica de expor a criança a mais palavras. Se um adulto partilhar a atividade com ele, acresce o valor emocional da experiência e (como já referi algumas vezes) o sucesso da aprendizagem.

Não é necessário estar sempre a avaliar o que ficou, não é preciso estar a analisar palavra a palavra (às vezes estes processos são mais orgânicos do que pensamos). No bom senso reside sempre a melhor solução.

Para os que revelam mesmo mais dificuldade ou para as famílias que possam preferir atividades mais estruturadas, há muitas opções divertidas para fazer esta análise, aumentar o vocabulário e brincar com as palavras e os seus sons.

Ficam algumas ideias! (imagens recolhidas no Pinterest)

Importante: quando a criança está a contar uma história ou a tentar escrever qualquer coisa sozinha, vai querer escrever palavras dificeis que usa diariamente.
Não evite as palavras, não pressione para que sejam escritas corretamente.
Deixe a criança escrever o seu raciocínio e com calma mostre a palavras escrita da forma correta. Deixe que seja a própria criança a perceber o que escreveu errado.
Mesmo que erre muitas vezes as mesmas palavras, o processo é este e é na repetição que reside o segredo. Mas uma repetição contextualizada (por favor não a faça escrever 20 vezes a mesma palavra. É aborrecido e pouco funcional.)





                             
 

                                                          






















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