quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Boas Iniciativas...

Pelo menos a mim, que não sou mãe parece-me sempre que há assim uma espécie de dificuldade em encontrar histórias verdadeiramente interessantes para contar aos pequenitos.
Eu gosto muito de contar histórias, mesmo aos que não são assim tão pequenitos, porque adoro ler e embora a maioria das crianças não goste de ler, delira da mesma forma que eu, quando ouve alguém ler uma história interessante.

Por interessante, refiro-me a engraçada, cativante, escrita em bom português e com qualquer "lição" a reter. É impressionante como os miúdos (mesmo aqueles com grandes dificuldades cognitivas com que trabalho) conseguem perceber o que se passou na história e o que se pretendia mostrar a partir dali. E como mais tarde ao lembrar a história é mais fácil que entendam a consequência daquilo que estão a fazer. Certo que os contos tradicionais são fantásticos, mas a distância no tempo dificulta a identificação com as personagens e as situações. 

No meu caso, tenho um trabalho redobrado a conseguir primeiro que estas personagens se tornem imaginariamente reais, mas para a grande maioria dos miúdos é mais simples analisar as situações e acções quando relatadas em outros, especialmente se forem uma personagem de uma história que todos gostam.

Tudo isto para vos falar de uma nova iniciativa de contos, ao alcance de qualquer um, que para além de me parecer uma ideia muito bem conseguida vai ser-vos muito útil na hora de arrancar os pequenos monstrinhos da frente dos ecrãs de televisão ou computador.

Boas leituras :)




segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Be....


Gosto muito :)

" ...                                                                           
Do it for your pride                                                     Fá-lo pelo teu orgulho 
...                                                                              ...
Be students                                                                 Sejam estudantes
Be teachers                                                                Sejam professores
Be politicians                                                              Sejam políticos
Be preachers                                                               Sejam pregadores

Be believers                                                                Sejam crentes                                                              
Be leaders                                                                   Sejam líderes                                                                     
Be astronauts                                                               Sejam astronautas
Be a champions                                                            Sejam campeões
Be true seekers                                                            Sejam verdadeiros descobridores
...
Cause you burn whith the brightest flame      Porque tu ardes com a chama mais brilhante
...
Dedicate yourself and you can find yourself                      Dedica-te e podes ver-te

standing in the hall of fame"                                           em pé no tapete da fama


Em tudo isto continuo a acreditar!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

P.R.I.M.O.

Para quem ouve a rádio comercial sem novidade...

Para quem não ouve a rádio ou nunca ouviu o programa, é muito divertido e faz-me sempre companhia nas aborrecidos viagens de regresso ao trabalho ;)




Um talk-show televisivo feito em exclusivo para a rádio com uns tais Nuno Markl e Vasco Palmeirim.
Todas as semanas, um convidado para a conversa e ainda um convidade musical, para atuar ao vivo nos estúdios da Comercial.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Bobby



A partilha de um dia de oito pessoas num dia que ficou para sempre na história da américa.

A igualdade entre os humanos de várias etnias, grupos sociais, sexos num momento de tragédia.


A perda que todos sentimos quando desaparece cedo demais alguém capaz de compreender mais além, de fazer mais além.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Não estamos todos?

Faz-me sorrir...
É leve, divertida, tem ritmo e a letra faz-me sempre sorrir...
Vá-se lá entender porquê...

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Sputnick, meu amor (parte 2)


Já na semana passada falei deste livro, mas fica mais um pensamento que encontrei nele e achei tão verdadeiramente perturbador que decidi partilhar:

"Porque será que estamos condenados a ser assim tão solitários? Qual a razão de tudo isto? Há tanta, tanta gente neste mundo, todos à espera de qualquer coisa uns dos outros, e, contudo, todos irremediavelmente afastados. Porquê? Continuará a Terra a girar unicamente para alimentar a solidão dos homens? "

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

MilK



Um filme que aborda temas tão diversos como: direitos humanos, política, igualdade, amor, esteriotipos...

Um brilhante trabalho na reprodução dos maneirismos das pessoas retratadas. Excelente representação do ator principal.
Comovente, verdadeiro e infelizmente, atual :)



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

À "canção do bandido"...



Embora eu até goste desta música, lhe reconheça harmonia musical, capacidade de transmitir paz, sossego, calma, meiguice e até um pouco de esperança... esta letra só me faz lembrar a mais básica "canção do bandido".

Sim, mais uma vez, sei que tal não aconteceria se conseguisse simplesmente acreditar que exista uma pequenina hipótese de alguma destas histórias serem, realmente, verdade.

Mas...

Ele diz: "Sinto algo especial por ti."
Ela pensa: ... algo...

Ele diz: "Será que não vês?"
Ela pensa: Ver vejo, mas não acredito, não sinto. Vejo o hoje e já o amanhã. Dispenso a travessia.

Ele diz: "Estás sempre a ignorar-me"
Ela pensa: Não ignoro. Afasto-me com antecedência..

Ele diz: "Cede."
Ela pensa: Não cedo. Insisto em não voltar as estar na "pele" de quem já fui.

Ele diz: "Quero descobrir tudo sobre ti."
Ela pensa: Depois de saberes todos os demónios que habitam a minha alma e toda a doçura que o meu sorriso pode ter, o que vais descobrir a seguir? Outros demónios, outra alma, outro sorriso.

Ele diz: "Quero conhecer-te"
Ela pensa: Ainda tens muito que percorrer. Esse é um privilégio a que muito pouco saberão valorizar o suficiente para a ele terem acesso.

Ele diz: " O que é preciso fazer para te convencer?"
Ela diz: Encontra o dragão das sete cabeças, mata-o e traz-me a sua cabeça para o comprovar. Se mostrares ser leal, corajoso e com poder de iniciativa e perseverança talvez consigas convencer-me.

Ele desiste, desgosta do que conheceu daquela alma, cede, passa a ignorar e, no momento seguinte,  diz "Sinto algo especial por ti" a outra ela, qualquer uma, desde que não aquela.


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Sputnick, meu amor


Não sei muito bem qual era a mensagem que o autor queria passar, se é que havia alguma. É uma história com um fio condutor, mas que se espalha por outros fios nem sempre com fim ou com interesse para a história principal.

Acho que impele a ser lido pela diferença, sempre na curiosidade de saber "afinal o que vai acontecer". Para mim ficou com uma homenagem à verdadeira e tão rara amizade entre um homem e uma mulher.
Fica um cheirinho...

"Costumávamos falar horas a fio. Nunca nos fartávamos de conversar. Assuntos não faltavam - falávamos de romances, do mundo, da paisagem, do sentido das palavras. Tínhamos conversas mais francas e mais íntimas do que muitos amantes.
(...)
Não me era fácil aceitar o facto de ela não ter praticamente qualquer, para não dizer mesmo nenhum, interesse por mim na qualidade de representante do sexo masculino. Por vezes, o sofrimento era de tal forma intenso (...). Apesar disso, os momentos passados na sua companhia eram os mais preciosos da minha vida..."

" Sumire amava aquela mulher e, mais, desejava-a. Eu amava Sumire e desejava-a. Sumire gostava de mim, mas não me amava e tão pouco sentia desejo sexual por mim. Pela minha parte, podia sentir desejo por outras mulheres anónimas, mas não amor. Era tudo muito complicado. Mais parecia o enredo de uma peça de teatro existencialista. "

" Compreendi uma vez mais o papel importante que Sumire tivera na minha vida e até que ponto era insubstituível. À sua maneira, ajudara-me a ficar ligado ao mundo. Quando falava com ela, quando lia o que ela escrevia, os horizontes do meu espírito alargavam-se em silêncio(...) uma experiência impossível de imaginar com qualquer outra pessoa em qualquer outro lugar. (...)
Entristecia-me, como é óbvio, a ausência, entre nós, de prazer a nível físico. Se tal tivesse sido possível, ambos teríamos certamente sido mais felizes. Mas isso era uma coisa que não estava nas nossas mãos (...). Por mais que Sumire e eu resguardássemos os nossos sentimentos com cuidado e inteligência, a nossa terna relação de amizade não podia durar eternamente.
(...)
Ao perder Sumire, muitas coisas morreram dentro de mim, (...). Ficara sozinho, num mundo deformado, vazio, num mundo frio e tenebroso. Aquilo que se passara entre Sumire e eu nunca poderia voltar a acontecer (...).
Cada um de nós possui qualquer coisa de especial, que se revela numa determinada altura da nossa vida, e só uma vez (...)"





quarta-feira, 10 de outubro de 2012

inFAMOUS



Um filme muito interessante, embora biográfico.
Bem retratada a época e os diferentes grupos sociais a que uma mesma pessoa pode pertencer.
Interessante ;)

domingo, 7 de outubro de 2012

Lado B...




Em tudo um lado A e um lado B...
Já há uns anos escrevi um texto sobre isso...
Hoje também encontrei um lado B de ter, de repente, tantos alunos novos...
Já tinha saudade de preparar fichas de trabalho, ensinar e ver progredir num ritmo entusiasmante...
Só hoje me dei conta de que me habituei ao ritmo inconstante e à não progressão de tal forma que já não me lembrava de como é bom ensinar coisas novas, de formas diferentes, criar desafios...
Este foi hoje o meu lado B.
O meu lado A de hoje... nem vale a pena falar ;)

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Nas Nuvens...





"PORQUE A VIDA É MELHOR COM COMPANHIA."



Para tentar afastar o tédio vi este filme do qual já tinha lido várias opiniões favoráveis. Não achei especialmente interessante. Muito filosófico e profundo, talvez esperasse uma produção mais grandiosa. Mas não deixa de ser uma história de visa no mínimo original, da qual resulta a frase destacada. 

Se nos disserem muitas vezes talvez possa passar a ser verdade ;)

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Porque na maioria das vezes não ficaram as boas memórias...



Ontem alguém me dizia que os 33 são o início da introspecção...
Quase que me apetecia bater-lhe!!!
Como sempre fui muito precoce, os meus anos de introspecção já se acumulam e pedi em voz alta que os 33 fossem o início de outra fase qualquer.

Mas a verdade é que seja por feitio, defeito, idade ou favorecida pela conjuntura pessoal e profissional tenho pensado muito sobre o passado, sobre o futuro numa tentativa de levar  a bom porto cada dia, muitas vezes com alguma dificuldade.

Acho que penso mais e vivo cada vez menos. Ou então revivo muitas vezes o que já vivi numa busca ingrata de um futuro diferente, mas igualmente meu.

Sempre tive esta sensação de que algo me espera, algo de demasiado grandioso para que possa reconhecer ou alcançar sem para tal estar preparada. Sinto a vida e as experiências que ela nos coloca diariamente como uma aprendizagem, como uma aquisição de cenários, hipóteses, sentimentos, reações.

Muito não é fácil de digerir, mas o fácil nunca ensina nada e eu própria faço de "bruxa má" para as pessoas que quero ajudar a serem o que eu vejo que elas podem ser.

Inevitavelmente o facto de estar sozinha ontem (mas não só, felizmente :)) fez-me pensar em tudo o que mudou ao longo do tempo. O que pensava e queria há dez anos atrás. Quem era. Quem queria ser.

É um sorriso e algumas lágrimas que me acompanham neste retrocesso. Tenho ao mesmo tempo saudade e simpatia pela pessoa mais ingénua e aventureira que era e dos sonhos simples a que aspirava. Não estava nem perto de imaginar-me onde ou como sou hoje.

Nada me fez adivinhar as histórias tristes, nem as felizes.
No meio de uma família grande nunca me imaginei tanto tempo sozinha.
No meio de tantas fraquezas nunca me imaginei tão independente.
Não imaginei que o trabalho me trouxesse tanto calor, nem tantos sorrisos e gargalhadas.
Não me imaginei a olhar para as pessoas sem acreditar que têm algo bom para me mostrar.
Nunca pensei compreender letra a letra os poemas e as cartas de amor não correspondido, nem dizer que os homens são todos iguais (sorry, mas é o que parece:( )
Não sabia que ia pôr tudo em causa, descobrir um novo mundo atrás da porta de casa de cada um, pensar em vários cenários para ser mais feliz.
Não sabia que sofria do síndrome de Cinderela até perceber que finalmente o deixei ficar para trás.

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