sábado, 28 de março de 2015

Just because...



Acredito muito mais que o sucesso se ganha no nosso esforço do que no simples acaso, embora também acredite que muito do que recebemos não é o que pedimos (ou achamos que precisamos) porque nos perdemos entre medos, receios, dúvidas, tabus e convencionalismos... enfim... pudesse a nossa mente seguir uma linha reta entre o que queremos e o caminho para o alcançar e talvez todos fossemos mais felizes.

Ou talvez não. Talvez faça parte da diversão de estar vivo este descobrir outros quereres nos lugares para onde nos levam as nossas dúvidas.
Certo é que penso que ter um objetivo, um propósito ou um sonho (ou vários) ... os projetos de que se fala hoje com a mesma frequência do que de refeições, pode ser a distinção entre as pessoas que chegam lá (seja a que lado for) e aquelas que não saem do mesmo (embora verbalizem a sua insatisfação ou vontade de mudar).
Creio que na vontade está a ferramenta. Na vontade, na criatividade, na perspicácia e na maravilhosa capacidade que temos para estabelecer relações, imaginar cenários, arranjar soluções e sonhar.
Daqui nascem as ações, as fantásticas ou tão somente diferentes ideias que com empreendedorismo e persistência alguns põem em prática. Alguns vencem, alguns falham para depois vencer. O que conta verdadeiramente para a satisfação das pessoas é o processo: é o pensar, querer, agir e às vezes recuar. Saber planear, saber contornar e arriscar. Mais, muito ou só um bocadinho...

Assim, fica muito claro que acredito menos no poder do destino sobre nós, embora ache que existem forças (sorte, energias) que nos favorecem ou prejudicam sem que as conheçamos ou possamos controlar. São talvez o que habitualmente chamamos de acasos ou as coincidências, que a uns empurram e a outros atrasam, invariavelmente quase sempre a favor dos mesmos. Descansem-se, no entanto,  os que não consideram ter um favoritismo do acaso. Penso também que muito trabalho pode ajudar a comp ensar esta falta de sorte genética.



Apesar de todo este racionalismos dou por mim muitas vezes a cair sobre aparentes sinais que confirmamdo-se ou não, nos deixam na dúvida sobre que variáveis se cruzam naquele domínio das coisas que nenhum ser humano pode controlar.

Há poucos dias, vivi um desses momentos em que parte está nas mãos da nossa vontade e outra parte está no domínio do acaso, da sorte, do cruzamento de inúmeras variáveis que ninguém pode controlar.
E foi aí que me apercebi de que há, nesta coisa de deixar a vida entregue ao desconhecido, uma certa liberdade, suavidade e leveza e até uma inegável sensação de descanso e paz.

fotografia de Marta Filipa Costa
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