" Não tinha problemas com ... como amante. Havia obviamente uma atracção física. E ele nunca tentava reprimi-la.
O problema dela era não conseguir interpretar o que sentia por ele. Nunca, desde o início da puberdade, baixara a guarda o suficiente para deixar alguém chegar tão perto como fizera com.... Para ser absolutamente franca, ele tinha a irritante habilidade de penetrar as suas defesas e de levá-la a falar de coisas pessoais e sentimentos privados. Apesar de ter juízo suficiente para ignorar a maior parte das perguntas dele, falava a respeito de si mesma de uma maneira que nunca, nem mesmo sob a ameaça de morte, alguma vez imaginara possível com outra pessoa qualquer. O que a fazia sentir-se nua e vulnerável à vontade dele. Ao mesmo tempo - quando o via dormir e o ouvia ressonar - sentia que nunca em toda a sua vida tivera tanta confiança noutro ser humano. Sabia com a certeza absoluta que nunca ... usaria o que sabia a respeito dela para a magoar.
(...)
A um dado ponto da manhã do segundo do segundo dia, .... chegou a uma conclusão assustadora. Não fazia ideia de como acontecera nem de como ia lidar com aquilo. Pela primeira vez, estava apaixonada.
(...)aquilo ia ter que chegar a um fim. Não podia resultar. Para que precisava ele dela? Talvez ela fosse apenas uma maneira de passar o tempo enquanto esperava por alguém cuja vida não fosse uma porra de um ninho de ratos.
O que ela compreendia era que o amor era esse momento em que o coração de uma pessoa parece que vai rebentar."
Enviar um comentário