sábado, 31 de dezembro de 2011

Ano Novo...




























Clare Owen Illustration

"Ano Novo... Vida Nova"

Sendo um cliché por demais usado e gasto, não deixa (como em quase todos os casos) de ter um fundo de verdade.

Não é provável que a vida mude só porque começa um novo ano, embora tal seja possível, mas é verdade que o que muda mais radicalmente a nossa vida acontece em instantes e muitas vezes sem que nos consigamos aperceber do impacto que tal situação tem na nossa vida.

Acontece imensas vezes à nossa volta e a chegada do novo ano só torna estas possibilidades mais vívidas, mais plausíveis nas mentes de todos nós.

Por outro lado, muito do que acontece parte da nossa predisposição. Às vezes tenho a sensação de que se tivesse julgado possível ser astronauta tinha percorrido todo o árduo e atribulado caminho para chegar até lá.

No dia a dia, os nossos sonhos e a nossa visão da possibilidade da sua concretização guiam-nos por um trilho, mediante escolhas mais ou menos conscientes e por isso é bom "sonhar alto" para se "chegar longe".

Verdade ou não, eu não deixo de lado as minhas passas e o meu desejo/promessa de ano novo. Primeiro porque o timing é óptimo (temos um ano inteiro para o cumprir ou esperar que se cumpra) e depois porque é um compromisso comigo própria para que se realize (e eu sou muito exigente com os meus compromissos comigo própria).

O final do ano passado não foi exceção e embora não me recorde de tudo o que pensei (ainda procurei nos meus arquivos, mas não encontrei) lembro-me de alguns que na altura preenchiam mais do que deviam o meu tempo. Passou um ano inteiro e julguei que ainda não era desta, mas foi.

Por isso este ano vou apenas pedir e prometer que existam muitas situações em que faça chá não só para mim, mas para os dois...

Eu e uma boa companhia :)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Os Agentes do Destino






 Um filme com a difícil tarefa de agradar aos mais cépticos e aos mais românticos. Uma abordagem suave sobre o peso do destino na missão de vida de cada um, sobre o livre-arbitrio, sobre as batalhas que temos que perder para podermos vencer as grandes guerras.

Tudo isto sem deixar de ser divertido! Os atores não são da minha preferência, mas não se pode ter tudo.

Recomendo!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O meu pedido de Natal

avo e neto

Acho que já cheguei àquela fase em que tudo o que tenho a pedir não se compra e também não se pode dar.

Talvez por me sentir mais velha do que há um ou dois anos atrás, cansei-me de dualidades entre o que eu acho do Natal e aquilo que as pessoas esperam de mim.

Cortei com sms, com mails de boas festas e este é o único local onde farei um verdadeiro pedido de Natal. Nada que algum de vocÊs me possa dar. Aprendi que quem dá e tira tudo é o acaso, o destino, Deus, não sei... Mas é algo que nos transcende que guia a nossa vida e nos faz querer o que não temos, ignorar o que nos dão e não oferecer o que podemos ter para dar.

Por isso... O que eu queria pedir mesmo neste Natal era um sorriso...
Um sorriso em mim.
Um sorriso de quem acredita num mundo menos egoísta e distraído, numa vida para todos menos dura e fria. Um sorriso de quem definiu no seu maior tesouro o amor, a relação que se estabelece com os outros, a nossa capacidade de fazer sorrir só por estar.

Desejo muito que tudo se mantenha assim.
Que o meu Natal se mantenha sempre assim, com todos, que ninguém desapareça ou vá para fora. Que eu possa sempre estar presente. Que estejamos todos de boa saúde.
Que outros se juntem a este Natal, crescidos amáveis e outros seres que usem calçado em miniatura e também nos façam sorrir. Que a vida se repita por mais trinta ou sessenta anos tal e qual assim e que nada nos leve a esquecer do que é verdadeiramente importante.

E é este o meu pedido. Nunca fui de pedir muito mais do que preciso e cada vez mais, nesta conjuntura, me parece ser esta a força que nos vai fazer mais falta para sermos felizes!

Um beijinho a todos.
Tenham um Natal que vos apeteça recordar ;)
T.

imagem de Marta Filipa Costa - (Tomás)- 2010

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Natal com muita música ;)



http://www.youtube.com/watch?v=Ayc62pfBhsM 


Eu adoro o Natal. Não sei bem explicar como mas são as decorações de Natal  e aquelas canções de Natal que tocam todos os natais, cantadas por todos uma ou outra vez que me fazem ano após ano ter uma época mais feliz do que as outras, onde todas as contrariedades se empurram para Janeiro e onde permito a mim mesma respirar sem pensar no presente nem no futuro. 

Sempre me lembro de ter tido jantares em família, não jantares com decorações luxuosas ou vestidos muito bonitos, como agora partilho em fotos, mas um Natal quente, amigo, respeitador, verdadeiro. Um Natal feito para nós, crianças, mas vivido por todos. 

E ainda hoje é assim. Começa logo desde cedo com o embrulhar de mil e um presentes de toda a gente que ainda não teve tempo para embrulhar. 

Brinco, agora com os meus sobrinhos, antes com a minha irmã mais nova e ainda muito antes era a sobrinha de uma tia que me ensinou quase tudo o que sei sobre embrulhar presentes. 

Tal como naquela altura este é o momento em que o Natal está mais vivo. Gosto muito da alegria das pessoas que recebem presentes, gosto que possamos ter um momento dedicado apenas a isso e tudo isso só é possível se os embrulhos estiverem embrulhados ;)

Continua a não ser possível investir em belíssimas decorações, a não ser hábito as velas acesas na mesa de jantar (o que eu acharia de um toque muito meiguinho) e a refeição é ela própria muito normal e relativamente rápida.

Uns jogos aqui com os mais novos, que os mais velhos recorrem à televisão, uns doces e uns licores para fazer tempo para abrir os presentes.

A tradicional entrega de todos os presentes pelo ajudante do Pai Natal, normalmente o membro mais novo faz a delícia de todos e a minha que tenho tão poucas oportunidades para os ver em ação.

No dia seguinte é a grande festa de família, onde todos nos reunimos e há sempre conversa e jogos e brincadeiras. Um bocadinho de refúgio de um mundo tão duro para todos nós.

Sei que parece um cliché, mas é verdade que para nenhum o mais importante é o valor dos presentes. O que conta é estarmos todos ano após ano, uns com os outros e pensar que de duras experiências todos nós sobrevivemos e conseguimos passar o dia a sorrir.

Ao som das músicas de Natal é isto que recordo, é isto que antecipo, é este o meu desejo de Natal :)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

"DIÁRIO 1941-1943"


Etty Hillesium in study
Per Caritatem

" (...)
Considero que venci esta sensação vaga e assustadora que tinha dentro de mim. A vida é realmente difícil, uma luta de minuto a minuto (ó querida, agora não exageres!), mas a luta é sedutora. Antigamente via um futuro caótico pela frente, porque eu não queria viver o momento que estava à frente do meu nariz. Queria que tudo me fosse oferecido, como uma criança muito mimada. Às vezes tinha a certeza, embora fosse uma sensação vaga, de que no futuro "podeia vir a ser alguém", de que poderia vir a fazer algo de "espantoso"; e outras vezes aparecia-me novamente o medo caótico de que "no fim estaria perdida". Começo a entender por que é que isso acontecia. Recusava-me a cumprir as obrigações óbvias que tinha pela frente, recusava-me a subir ao encontro do futuro, degrau a degrau. E agora, agora que cada minuto é pleno, cheio de vida e experiência e luta e vitória e depressão, seguido de imediato por mais luta e por vezes sossego, agora deixei de pensar no futuro, quer dizer, é-me indiferente se mais tarde vou realizar algo de espantoso ou não, porque algures no meu íntimo estou certa de que alguma coisa há-de sair. Antigamente vivia continuamente num estado preparatório, tinha a impressão de que tudo o que fazia não era a "sério", mas sim a preparação para algo diferente, algo "grande", a sério.
(...)"
21 - 03 - 1941 às 8:30

É-me tão familiar estes pensamentos que fico sensibilizada pela descrição tão explícita daquilo que julgava só existir na minha cabeça. Impressionante  a facilidade como os pensamentos de uma mulher numa situação tão distante e diferente se assemelham aos meus e se calhar aos vossos...

sábado, 17 de dezembro de 2011

Bacalhau no forno com espinafres




Como na noite da Consoada, não pode deixar de existir um bom bacalhau, eu até podia bem comer este que gosto muito de espinafres.

Ingredientes (4 pessoas)
4 postas de bacalhau crescido (demolhado)
6 dl de leite meio gordo
4 dentes de alho picados
1 dl de azeite (10 colheres de sopa)
500g de puré de batata
1 molho de espinafres           
queijo ralado para polvilhar   
sal a gosto

Para o molho Bechamel      
3 colheres de sopa de manteiga
3 colheres de sopa de farinha
6 dl de leite (onde ferveu o bacalhau)
2 gemas de ovo
Sal, pimenta e noz moscada

Modo de Preparação
1º Retire as peles e as espinhas ao bacalhau (demolhado de véspera) e escalde-o no leite a ferver, aromatizado com raspa de noz moscada. Reserve o leite e faça o bacalhau em lascas.

2º Aqueça 5 colheres de azeite e faça um refogado com metade da quantidade de cebola e de alho. Sem deixar alourar, adicione o bacalhau. Deixe alourar um pouco.

3º À parte, tenha já preparados 500 g de puré de batata e os espinafres, cozidos, cortados e salteados no restante azeite, cebola e alho.

4º Deite o puré de batata num tabuleiro de ir ao forno e à mesa. Por cima disponha o bacalhau e depois cubra com os espinafres.

5º Prepare o molho bechamel:
derreta a manteiga em banho-maria,
 junte a farinha e vá mexendo, mantendo o lume brando.
 Regue lentamente com o leite reservado, bem quente, sem deixar de mexer, para evitar a formação de grumos.
Tempere com sal, pimenta e noz-moscada.
Continue a mexer durante toda a cozedura e retire do lume quando tiver a consistência desejada.
 Já fora do lume, deixe arrefecer um pouco e junte 2 gemas de ovo.
 Bata energicamente para não talharem.
 Leve a lume brando e mexa, cuidadosamente, durante 2 ou 3 minutos.

6º Deite o molho bechamel no tabuleiro, sobre todo o preparado, polvilhe com queijo ralado e leve ao forno a gratinar.
Retire quando a superfície estiver dourada. Sirva de imediato.

Receita de Florbela Mendes - Nutricionista

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Combate ao frio...

Com a chegada de uma nova estação, novos cuidados...

O frio afeta a pele de forma diferenciada e para a proteger os cuidados devem ser específicos. Essencialmente, as temperaturas mais baixas provocam a desidratação da pele, pelo que é necessário hidratar em dose dupla.

Evitando o excesso de tempo debaixo de água quente (embora tal seja ainda mais tentador) devemos optar por gel de banho líquido muito hidratante ou óleo de banho. O que não dispensa o creme hidratante no máximo dez minutos após o banho. Eu sei que a preguiça e o frio desencorajam, mas toca lá a fazer um esforço pois é mesmo necessário.

Apesar de não sentirmos sede, devemos continuar a beber muitos líquidos e reforçar os tratamentos drenantes para acelerar o metabolismo que tende a acalmar nesta época do ano.

Na rua, ajuda proteger a pele exposta ao vento com luvas, cachecóis e chapéus. Para reparar os danos causados pelas queimaduras de frio, aconselho um serum de boa qualidade durante alguns dias (no mínimo) e antes da exposição mais gravosa ao frio (desde que esta possa ser  prevista).


Cuide bem de si e passe um Inverno saudável!!!!!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Festas de Natal

 


Zara, Massimu Dutti, Mango, Benetton, Sacoor, Throtleman, Globe
Outono/ Inverno 2011


A par das decorações da sala, dos pormenores da mesa do jantar e da deliciosa comidinha é bom não esquecer que já que o dia é de festa, mesmo sendo a festa mais familiar possível e muitas vezes em casa, não vale vestir o mesmo que no dia a dia.

Em tempo de crise é preciso potenciar os momentos de alegria para que compensem todos aqueles jantares em restaurante que escolheu não fazer, por isso planeie a noite para ser especial... em tudo!

Quando estiver a pensar no que vai vestir opte pelo seguro, pelo básico, mas não pelo preto, porque estamos em festa. Se gosta dos tons sóbrios ou mais escuros pode usar o castanho e o verde escuro tão natalício. 

Se gostar de tons fortes ou mais arrojados é uma excelente época para usar o vermelho!

E já agora aquelas camisolas com motivos natalícios que não pode usar em mais época nenhuma?!?!

Se o ambiente estiver aquecido pode usar uns lindos vestidos de festa, mas se não for o caso pode sempre usufruir dos quentes casaquinhos de lã, cachecois e meias que se usam em combinação com os tecidos mais nobres.

Como em todas as épocas valorize o seu estilo ;)
  

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Época Natalícia!































Sem, duvida que a época natalícia se pode viver de diferentes formas de acordo com a educação e o modo de vida de cada um, mas parece-me pelo que se lê em todo o lado nesta época que os adultos tendem a nortear a suas vivências da quadra pelo que eles próprios viveram quando eram mais novos.

Não concordo que o Natal seja só para as crianças, mas existem assuntos que se relacionam mais com elas, especialmente no que se refere à educação nesta época.

Por todas as instituições de educação do país, o mês do Natal se caracteriza pelas avaliações de final de final de período e pela azáfama das decorações e ensaios para a esperada festa de natal. Bem ou mal é assim e nunca conheci nenhuma escola que fosse diferente.

O que justifica este post não é, no entanto, a azáfama, mas a vontade de deixar a mensagem de que seria benéfico aproveitar esta época para trabalhar áreas de formação cívica e de desenvolvimento pessoal e social.

Assim, respeitando as crenças individuais dos alunos e dos grupos, a título de "dar a conhecer" seria bom recordar a história do aparecimento da comemoração do Natal em Portugal, quais as tradições portuguesas mais antigas e não deixar que os festejos se fiquem apenas pelas árvores de natal e cartas ao Pai Natal. 

Existem imensos sites e livros para crianças sobre a época natalícia que abordam as mensagens morais implícitas nesta "história" da Bíblia de forma mais apelativa e simplificada para as crianças.

Visto ser um tema de interesse particular para as crianças e jovens e ser uma época mais favorável à tolerância poderá ser também aproveitada para trabalhar aspetos relacionados com o multiculturalismo tão presente na sociedade atual.

Será sempre bom para qualquer agente de educação fazer render as oportunidades para recordar e dar a conhecer valores como solidariedade, justiça, igualdade, bondade, respeito, esperança, humildade, entre outros...

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

"Pobres daqueles a quem sobra tempo..."


                                                                    LOLITA


" Pobres dos que não têm nada para fazer"

Mais uma frase (mais coisa menos coisa) que ficou para mim de ouvir a minha avó dizer e de ouvir a minha mãe e os meus tios e tias repetir.

Hoje, no trabalho, alguém dizia em conversa de circunstância:

- Mais um fim de semana...

E eu respondi:

- Ainda bem! Passam sempre tão depressa.

E a pessoa perguntou:

- Ai é?

- Sim. Aliás, para mim, todo o tempo passa sempre muito depressa. Quando dou conta nunca consigo fazer tudo aquilo que julgava que ia conseguir fazer.

- É bom sinal.

Ao senhor, que já não ia para novo, respondi:

- A minha avó também dizia isso!

E são assim estes breves segundos que nos continuam a manter vivos mesmo depois de há muito já termos partido.

Momentos em que percorre pela pele dos vivos um arrepio e aos que já partiram...

Bem, na verdade não sei...

Mas gostaria de acreditar que lhes provocam um sorriso...

Beijinho avó :)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

"O segredo dos seus olhos..."


Tal como muitos filmes "estrangeiros" já nos habituaram é um filme para pessoas pacientes, capazes de esperar pelas surpreendentes razões invocadas pela mente humana. 
Um desenrolar envolvente...
Como quase todos os meus preferidos com um final surpreendente!


Visionamento grátis no clube de vídeo de uma conhecida televisão por cabo. Aproveite ;) 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O que passa por mim...


O sentir um direito inabalável de que a história tivesse tido um desenrolar muito diferente... um final feliz!

Que não ficasse aquela mágoa que se revolve no peito. A angústia, a tristeza que se avoluma de momentos a momentos...

Fica inconfessável a vontade de construir uma memória mais suave que aquela que restou da vivência da realidade e incontornável percepção que dela criamos...

Ser capaz de voltar a encher o peito de sentimentos felizes que não se contenham em nós e que transbordem no brilho dos nossos olhos, apesar da cicatriz mal curada da monotonia da desilusão...

Onde as portas parecem todas trancadas e as janelas há muito deixaram de provocar o apetite de espreitar, de conhecer...

É uma dor que fica na solidão e que não se mostra em público. 

Disfarça-se na esperança de que tempo com um final que faça juz ao nosso sofrimento e ao isolamento da nossa dor.


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