"Entre os grandes mistérios da vida está este facto: o mundo apresenta-se diante de nós, e nós interiorizamos o mundo. Não vemos as costuras, as fendas e as imperfeições.
Não perdemos nada.
Não perdemos nada.
Reduzimos.
Os escritores reduzem quando escrevem, e os leitores reduzem quando lêem. O próprio cérebro está concebido para reduzir, substituir, simbolizar... A verosimilhança não é apenas um falso ídolo como também um objectivo inalcançável. Então, reduzimos. E não é sem respeito que o fazemos. É desta maneira que apreendemos o nosso mundo. É o que os humanos fazem.
Imaginar as histórias é fazer reduções. Através das reduções criamos significado.
estas reduções são o mundo como o vemos: são o que vemosquando lemos, e são o que vemos quando lemos o mundo.
São aquilo com que se parece a leitura dos livros (se se parece com alguma coisa)."
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