sábado, 7 de abril de 2018

Artista Japonês desenha sentimentos que te farão respirar fundo.

Este era o título da publicação na página CONTI outra que sigo no Facebook (podem seguir é muito interessante). Chamativo(como habitualmente), mas assim que comecei a ver as imagens não foi bem isso que aconteceu.
Na verdade acho que a assertividade dos desenhos te corta a respiração.
Ficas assim, como que em suspenso (e não só na respiração) entre as memórias que eles ativam em ti e a maravilhosa sensação de empatia que te envolve.
Maravilhoso. Impossível não partilhar.


Segundo a mesma publicação, os artistas são tradutores de sentimentos e este artista japonês é um brilhante exemplo disso. Publica no Twitter, na conta "avogado6".
Existem também algumas contas no Instagram (ex: #avogado6) e algumas imagens em outras páginas que se encontram numa pesquisa google com o mesmo nome.
Ficam algumas para vos abrir os sentidos ;)


Porque quero conseguir guardar para sempre a sensação de te amar. 
De tudo ser possível.
 De todo o mundo e as aspirações se reduzirem a pó com a tua presença,
 com o teu sorriso, no gesto meigo da tua mão.
Congelá-la, salgá-la, fumá-la. desidratá-la, guardá-la em vácuo. 
O que a tornar mais duradoura e menos contaminada.




Quando depois de muito foco e muitas horas de trabalho em algo, sentes que te esqueceste de algo que muda toda a prespetiva e te obriga a voltar ao início.
   

  Sossego. Descanso. Calma. Lugar seguro.

.
Incompletos. Partidos. Quebrados. Inacabados. 
Cheios de buracos negros.
 Na esperança triste de que alguém tenha a amabilidade de vir, pegar numa das peças caídas à nossa volta e, com um pouco de paciência, encaixá-la no lugar certo, preenchendo-nos um pouco mais, rompendo o ciclo de desgaste, fechando um pouco as nossas feridas.


Sempre que o tempo parece esgotar-nos o ser, a essência. Como se o simples passar de um tempo em velocidades demasiado rápida, numa vida cheia de pequenas prisões e protocolos fosse o suficiente para nos fazer desaparecer na mesma multidão que observamos cheia de seres vazios de sentimentos.



    Capazes de nos renovar. De abrir os olhos. De quebrar a casca. 
Uma vez. Muitas vezes. A vida toda.

Frágeis perante a doçura, a amabilidade, o amor, a suavidade.
Resistentes perante a crueldade, a mágoa, a dor.
De cada vez um pouco mais resistentes, um pouco menos sensíveis



Cansados. Desmotivados. Tristes. Gastos. Desligados.




   À defesa. Sob ataque. Isolados. Diferentes. Indefesos. 




Recuar. Proteger. Guardar.


Infância. O desvanecer da memória. O desmantelar do porto seguro.



Influência. Dádiva. Construção. Interação. 

dias em que o mundo está desfocado, em defeito. esvai-se o nosso ser em mantê-lo mais ou menos parecido com o que devia ser. quando tudo parece derreter das formas definidas que devias ter. distorção.



"Ainda?" , "Deixa lá. Não vale a pena.", "Tens que andar para a frente!", "Esquece isso."
Quando a mágoa, a injustiça e a tristeza parecem abraçar-nos mais do que tudo o resto.

quando nos reconhecemos semelhantes no meio de uma multidão de iguais


Enquadramento. Exposição. Disfarce. 

Uns tão organizadamente cheios e certos e outros tão caoticamente vazios e em dúvida. 
Todos lado a lado. No mesmo espaço. No mesmo mundo.
 Alguém capaz de estender a primeira mão?


Viver. Sentir. Filtrar. Transformar.


Fazer filmes. Sonhar. Second life.
Apanhar sol com  a areia a mover-se por baixo do corpo.
Estar imóvel com a cabeça a mil.



o que te sustenta, tantas vezes também te drena. 
o que te apoia, tantas vezes te puxa, em vez de te elevar. 

Como autómatos a recarregar à mesma hora do dia em caixas a que, romanticamente, continuamos a chamar casa, em pequenos espaços onde cabe o nosso corpo na horizontal. Na maioria das vezes sozinhos. Demasiadas vezes sozinhos. Deitamo-nos com a cabeça e o corpo mais nas obrigações do dia seguinte do que no deleite das mesmas horas dedicadas a nós, ao descanso. Com medo de ser substituídos por qualquer uma versão mais nova e melhorada de nós mesmos.

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