segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

- 2019, estou à tua espera!!




Pois.
E fica tudo dito, não é?
Guardar tudo para uma data especial para quê se tudo fica mais fácil, todos os dias, quando um amigo nos traz um miminho ou alguém sorri para nós. Acho que 2018 foi isso.
Viver cada dia por si, dando-lhe sempre o melhor possível.
Vivê-lo de coração aberto dando-lhe espaço para ser triste se tiver mesmo de ser, de festa mesmo se assim estiver estipulado ou de balanço se desde sempre foi assim.
Viver do nosso jeito, à nossa maneira. O que não implica contrariar o que a sociedade criou, o que é costume na nossa família ou que sempre fizemos para nos sentir melhor
Procurar viver do jeito que nos faz mais felizes é mesmo ir desbravando caminho, com todos os sentidos apurados, sabendo dar espaço para que os outros nos completem, nos apreciem, nos ajudem a crescer e percebendo também quando é hora de largar, passar à frente.
Viver sabendo que um dia é só um dia para o que é bom e para o que é mau, acreditando que o próximo será melhor quando este não foi tão bom ou que será igualmente importante quando afinal as coisas boas também nos encontram.
Viver com o coração em paz não significa ficar conformado tal Álvaro Campos só a contemplar a natureza.
É preciso colocar energia na busca do tipo de vida e de pessoas que nos preenche e nos faz feliz, fazendo-o em verdade e em respeito por nós e pelos que nos querem bem.
É saber atrasar o passo para acompanhar os que amamos e que gostam da vida mais calminha, É acelerar quando os mais despachados assim o exigem.
É ser pessoa, filha, irmã, tia, amiga e mulher ao mesmo tempo ou um pouco de cada vez
É tentar ser gentileza, bondade, harmonia e esperança.
É ser também ser partilha de força, de decisão, de sonho, de experiência.
É saber cativar e deixar-se cativar pelos sonhadores, pelos pensadores, pelos criadores.

E é este o meu balanço de 2018. Um ano de sair da zona de conforto, de estabelecer diferentes ritmos com diferentes pessoas, de encontrar formas de me manter eu e ser minha e ao mesmo tempo ser um bocadinho de cada vez mais outros.
Foi um ano algodão.
Um ano nuvem que me ensinou que também é preciso saber gerir as coisas boas, para verdadeiramente as apreciar e valorizar e que tal implica ferramentas muito diferentes das que usamos quando aceitamos o que é menos bom e nos fazemos à vida de sorriso no rosto.
Foi um ano terra. De consiência. De reflexão.

Para o mundo, espero que 2019 seja um ano de mais fraternidade, respeito e acontecimentos mais circulares do que obtusos. Que possa a nova geração ser mais gentil com o próximo e ir deixando assim uma mancha mais solidária, mesma na geração mais casmurra.

Para os que fazem parte do MEU mundo, espero que seja um ano meiguinho e redondinho. Que se cumprem algumas das coisas que desejam e que outras saiam todos trocadas, porque também da dificuldade e da surpresa se faz a felicidade. Que possa estar presente e que saiba aquecer-vos a alma quando precisarem. Que encontremos sempre pretexto e tempo para dizer "olá","gosto de ti", beber um chá, um café ou uma laranjada, apanhar sol ou ver um espetáculo qualquer.

Que 2019 se preencha de muitos dias bem vividos e especiais que vos apeteça sempre recordar;)
Valorizem as coisas boas e sejam MUITO FELIZES, todos os dias!!!!


 

domingo, 30 de dezembro de 2018

SARA - série RTP - T1


Sara é mais um produto de grande qualidade exibido na RTP1, com equipa e actores portuguesas. Pretende ser uma sátira aos audiovisuais de hoje, mas é muito para além disso. A história passa-se à volta de Sara, das suas preocupações e das suas relações do dia a dia, assim como da sua profissão, do seu percurso, das suas frustrações e cedências.
Como nos habituam as boas séries portuguesas existem núcleos que nos fazem rir, duvidar ou até ( se formos muito sensíveis chorar).
Não sei se ainda está a passar na televisão, mas por mais alguns dias, a primeira temporada está disponível no RTP PLAY.
Ainda vão a tempo!!!!

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

de ti.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Suavizem-se.

Existem tantas mensagens de Natal ou acerca do Natal que, embora não deixem de ser verdadeiras por causa disso, vêm agrupadas em muita quantidade, banalizam-se, repetem-se, passam-se à frente sem ler e chegamos ao ponto de desejar que mais ninguém se debruce sobre o tema.
Isso acontece muitas vezes ao longo do ano aqui nesta realidade virtual.
 Mas se assim é assim  também o é porque vivemos em comunidade, em cultura, em conjunto e isso também comprova a universalidade e a intemporalidade dos nossos sentires.
De certeza que em algum momento também dariam por vocês a sentir saudades dos cânticos, das luzinhas, dos papeis de embrulho, das fitas de fantasia, das imagens fofinhas, da cor encarnada espalhada por todo o lado, dos jantares e juntares com as pessoas que ao longo do ano fomos perdendo o rasto.
Ou não?
Claro que sim.

Já escrevi aqui o significado do Natal e da época natalícia para mim. Ao rever as publicações de anos anteriores sorri muito ao perceber que nada mudou. Vou simplificando hábitos, tentando moderar o consumismo e reforçar os valores que me parecem mais importantes.
E escolho a época para agradecer.
Às pessoas e à vida o que de bom fui recebendo e a clareza com que passo a encarar situações que antes me pareciam negativas.
E deixo-me suavizar.
Também é preciso marcar tempo para nos deixarmos preencher do que nos parece valioso. E se esse tempo coincidir com o dos que nos rodeiam e com o dos outros que estão mais distantes, tanto melhor, assim estamos todos em sintonia, o que cria invariavelmente uma atmosfera ainda mais especial.
Por isso, a cada pensamento mais rezingão sobre o natal, procurem lá um positivo para contrapartida. Se escolhermos simplesmente ser felizes, a vida, não fica mais fácil?!
Eu cá tenho a certeza que sim.
Abram o coração, mimem-se uns aos outros e liguem nessas mentes o botão de "SER MUITO FELIZ!!"

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

O LAGO DOS CISNES - Russian National Ballet


Acontece uma vez ou outra querer partilhar algo que apreciei muito e não saber muito bem como descrever a grandiosidade e a abrangência do impacto que teve em mim.
É que fica a ecoar em mim mais sensação e sentimento do que racionalização e palavras, o que torna difícil descrever e explicar o que causou tão especial sensação.
É até muito provável que em outros, o mesmo talvez não tenho o mesmo impacto ou crie a mesma sensação, mas talvez a verdadeira beleza da arte seja mesmo essa. Cada um de nós poder recebê-la de forma pessoal e única.

E esta é uma arte sublime.
O bailado em si já se espera delicado e muito belo, mas ainda assim fiquei surpreendida pela leveza dos movimentos e pela beleza das imagens globais criadas pela coreografia de Marius Petipa.
Maravilhada com a sofisticação do guarda-roupa e pela perfeição quase desenhada dos corpos dos bailarinos, existiram momentos em que foi difícil manter claro no meu cérebro que não se tratavam de cisnes ou aves ou qualquer outra espécie fantástica qualquer, mas sim de pessoas. Os movimentos tão precisos, bonitos e expressivos, acompanhados pela magnífica banda sonora preencheram todos os recantos de minha sensibilidade e emocionaram-me mais do que consigo manifestar.
Um  momento delicioso e tão delicado quanto precioso que se assemelhou à concretização da magia da nossa capacidade de sonhar.
Recomendo a todas as almas sensíveis e a todos os que que gostem de se deixar encantar que aproveitem a oportunidade no dia 21 de dez no Centro Cultural Olga Cadaval.


imagem em bilheteira.fnac.pt

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

A História do Amor


Adorável e cheio de mimo como se quer numa qualquer tarde de inverno!! (ou em qualquer outra estação) 


quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

COMBOIO NOTURNO PARA LISBOA - DA DEMASIA



"Ele pediu-me para estacionar o carro e fizemos amor. Depois disso pediu-me novamente para parar, e cada vez com mais frequência. A avalancha soltou-se- Ele procurava-me. Mas foi precisamente isso: ele procurava-me a mim, eu procurava a vida. Ele queria cada vez mais, queria-o cada vez mais rápida e avidamente. Não que alguma vez tivesse sido rude, ou até violento. Pelo contrário, antes dele eu não soubera que tal ternura era possível. Mas devorou-me com a sua ternura, aspirou-me para dentro de si,tinha uma sofreguidão tão desvairada da vida, do seu ardor, dos seus desejos... E a sua fome tinha tanto a ver com o meu espírito como com o meu corpo. Naquelas poucas horas quis conhecer toda a minha vida, todas as minhas recordações, pensamentos, fantasias, sonhos. Tudo. E compreendia com uma tal rapidez e precisão que, depois do primeiro espanto lisonjeiro, começou a meter-me medo, pois a sua compreensão desenfreada rebentava com todas as barreiras de protecção.
Nos anos que se seguiram eu punha-me sempre em fuga, assim que alguém começava a perceber-me. Também isso acabou por passar. Mas algo ficou: não quero que alguém me compreenda inteiramente. Quero percorrer o meu caminho pela vida no anonimato. A cegueira dos outros é a minha segurança e a minha liberdade.
Se bem que possa parecer que ... se interessou verdadeiramente por mim, com toda a sua paixão, não foi isso que aconteceu de facto. Não se pode dizer que tenha havido um encontro. Ele como que sugava tudo o que experimentava, sobretudo a própria substância da vida, que nunca o saciava. Para me exprimir de outra maneira, eu nunca fui verdadeiramente alguém para ele, mas apenas um palco de vida, um palco de que ele se apossou, como se até aí lho tivessem interdito.
(...)
Era algo de genuíno, de real. E no entanto não tinha nada a ver comigo. Queria levar-me para uma viagem que acabaria por ser, exclusivamente, a sua viagem, a sua viagem interior para as regiões desdenhadas da sua alma.
És demasiado esfomeado para mim, lembro-me de lhe ter dito. Não posso, é de mais; simplesmente não posso!
Naquele momento, naquela noite em que ele me puxou para dentro da entrada de um prédio, eu estava disposta a segui-lo até ao fim do mundo. Só que na altura não conhecia aquela sua fome terrível. Pois, porque, de certa maneira, havia algo de terrível naquela sua avidez de vida. Um poder devorador, destruidor. Assustador. Tremendo.
(...)
Só então compreendi: as minhas palavras tinham-no deixado com a sensação de ter perdido a dignidade, e todo aquele formalismo, toda aquela correcção, não significavam mais do que uma tentativa inábil de me demonstrar que a tinha reconquistado, essa dignidade." "in COMBOIO NOTURNO PARA LISBOA - Pascal Mercier


sábado, 1 de dezembro de 2018

O "peso" do AMOR


"You're waiting for something and Know not the name.
It itches behind you but you stay the same.
You Know that you're empty. But you Know you'r safe.

You tell yourself you'd wait for the one
You never fight! This war can't be won.
You're your own worse habit. Your very own stain.

(...)
It's been quite awhile since I've opened my heart.
A litle too long since the day it all started.
I've got to move on, cuz I fell the strain.

Tell yourself you've made a mistake,
The age old story: oh how this heart breaks!
But you steel yourself, and soldier on.

I'd take a bullet before I take love.
(,,,)"
Nathan Hartono
Weight of her love
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