Entra.
Assim.
Como quem é indispensável
para podermos viver.
Como se o nosso ser
só d'Ela se pudesse alimentar.
Se só com Ela
se pudesse manter são.
O Seu sorriso eleva-nos a alturas
das quais, jamais conseguiremos,
em segurança, regressar.
A Sua pele envolve-nos,
numa frágil sensação de conforto,
que nos distrai da malícia,
tão brilhantemente expressa
no hipnotizante brilho
do Seu olhar.
Presos.
Enredados.
Arrastados atrás do Seu magnetismo,
quando nos larga,
nos esquece,
nos abandona
na solidão gélida
do seu silêncio.
Lugar escuro
onde ecoa,
sempre,
irresistível,
marcante e inesquecível,
o som rouco da sua voz
e o tom jocoso,
em que se estará
triunfantemente a rir.
T. (01/2014)
Enviar um comentário