segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Café Amargo

" Tens direito ao meu pensamento, ao meu sangue, à minha vida. És a minha mulher. (...) coloco no escrever, no pronunciar o teu nome toda a minha paixão, toda a ternura, todo o meu fôlego. (..)

Não estás nesta casa, mas estás dentro de mim até ao delírio. Morrer juntos; morrer juntos, sim: para que a nossa felicidade assuste o mundo, para que o mundo saiba onde chegou o nosso amor.

Eu, (...), que duvido de tantas coisas, eu que por pensar demais me tornei incerto e hesitante. Tenho uma certeza, sólida, inabalável, soberba.
(...)aperto-te entre os braços até te sufocar, ergo-te no ar, colo os lábios aos teus lábios, bebo-te a alma, a vida, bebo-te toda.

Há um ângulo do coração, há uma dobra do teu corpo onde não tenha penetrado o meu pensamento, onde não tenha pousado a minha boca?

Vós, senhora, assim como sois, branca, perfumada, elástica, doce, seduziste-me a alma e perturbaste-me a carne irremediavelmente.
 (...) Desejo a tua carne nua contra a minha carne, desejo-te nua para te fazer gritar, para te fazer torcer, para te fazer morrer, para morrer gritando sobre ti, contigo.

Quero a tua boca percebes? Tu não queres sugar a minha vida? É para ti  tutano dos meus ossos até à última gota.(...)

Não estou apaixonado por ti, eu vivo de ti...




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