Tenho-me interrogado vezes sem conta sobre se as relações não terão, na grande maioria dos casos, um tempo contado?
Quanto tempo dura o que leva duas pessoas a estar juntas? Quanto tempo pode durar a atração, a paixão, o interesse?
O que é preciso fazer, dizer ou pensar para que não exista algures no tempo outro ser, que embora sendo igual, se afigure melhor?
Que tipo de cedências ou investidas devem ser tomadas para que não se junte mais uma história às histórias de sofrimento quase gratuito que se repetem na vida da maioria das pessoas?
Que substitutos, que upgrades previnem que outros venham a ocupar o lugar que já foi nosso ou que outros ocupem em nós o lugar que já foi só de alguém?
Qual de nós pode verdadeiramente saber o que vem depois? Que irracionalidade é esta que nos impele a desejar uma situação que nenhum dos dois pode verdadeiramente controlar?
Que inimigos devemos combater? A rotina? o crescimento? o tempo?
Ou será estes retóricos inimigos eufemizam também o egoísmo, a falta de responsabilidade, a falta de capacidade de lutar e a indescritível falta de carácter.
Independentemente de tudo o que possa estar por trás deste fracasso quase generalizado, o que se verifica é que o que é supostamente correto e saudável é reunir os cacos, fingir que se acredita e FAZER TUDO DE NOVO.
Nota: Esta letra "mexe" com os meus nervos por não ser apenas a letra inventada para uma música...
Nota: Esta letra "mexe" com os meus nervos por não ser apenas a letra inventada para uma música...
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