quinta-feira, 3 de maio de 2012

O quarto de Jack



Mais uma agradável surpresa.

Quando ouvia a publicidade de um canal de televisão portuguesa (que eu sinceramente não sei qual é) que tem "O Livro do Mês", sobre este livro fiquei sempre com a sensação de que se tratava de um livro escrito por uma criança com o síndrome de autismo. 

Na altura achei interessante, até porque já li algumas coisas escritas por pessoas com autismo, ou por pessoas que lidam diariamente com ele e acho sempre os relatos muito perspicazes e divertidos. No entanto, não foi comprar o livro e a ideia passou, tal como passam tantas que não consigo apontar na minha lista.

Até que um dia, uma das minhas parceiras de leitura (aquela que me empresta os livros que lê e vice-versa) me falou sobre ele, disse que era mesmo bom e me emprestou.

Como andava a ler outro livro, emprestei-o primeiro a outra parceira de leitura que o leu em dois dias e mo entregou com o comentário: "Lê só quando tiveres tempo para o ler do princípio ao fim, que eu parei uma vez para dormir e depois passei o dia seguinte impressionada com a história, até poder lê-lo novamente."

Sim, o livro não tem assim tantas páginas e eu até gosto quando as história que leio em livros ou vejo em filmes me acompanha durante alguns dias. Mas depois de começar a ler o livro é que eu percebi o que ela queria dizer. É uma história impressionante, contada pela voz inocente de um rapaz de 5 anos, inserido num contexto, no mínimo assustador.

A primeira parte do livro é apaixonante e a segunda extremamente pertinente e detalhada.

Sem querer desmerecer o feito de tão brilhante história fiquei apenas com pena de que tudo o que se seguiu ao início da segunda parte tenha sido retratado de forma tão breve e ligeiramente apressada. A história é tão enredada e original que teria sido perfeito uma descrição mais pormenorizada.


Anónimo disse...

Pois olha ainda bem que gostaste. Espero que tenhas ficado impressionada como eu em como a mãe consegue fazer tanto pelo menino dela, quando o mundo é tão limitado.
Fiquei com a mesma sensação em relação a segunda parte. Se fosse num autor mais conhecido e com mais treino tinha com certeza desenvolvido mais esta parte.Mas podemos também ficar a imaginar os obstaculos pelos quais eles vão passar.beijos Tucha

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