domingo, 27 de maio de 2012

Os Outros...


Mais um livro desconcertante, de tão parecido com tudo o que pensamos todos os dias...
Muitas vezes as organização das palavras não cria um acontecimento compreensível, tudo acontece de forma confusa, como habitualmente nos nossos dias.
Tudo rasa o absurdo, como se a única sequência que facilmente nos é apresentada é a do normal decorrer do dia e da noite e dos dias...
De qualquer forma é daqueles livros que depois de lidos "aparecem" em inúmeras situações do nosso dia a dia ou das nossas conversas

Deixo apenas um cheirinho...

" Augusta e Jo eram como homens. Tinham uma força, a força de se imporem, de imporem medo - tinham virilidade. Virilidade!... Na verdade era vergonhoso que as mulheres quando queriam libertar-se dos homens e serem fortes por si mesmas só observavam a maneira como os homens eram fortes e copiavam isso. Não haveria uma segunda forma de se ser forte, uma maneira feminil? Mary tinha a certeza de que deveria haver. E daí talvez não. Talvez as mulheres nunca venham a ser fortes e feminis ao mesmo tempo. Talvez as mulheres nunca venham a ter força suficiente para tal."

" São vagabundos porque não têm dinheiro. Não têm dinheiro porque não querem vender nada, que é quase o que toda a gente faz. Tenho a certeza que vende alguma coisa, não é? Eu sei que vendo. Porque é que eles não o fazem? Os vagabundos só não querem vender o que os outros vendem. Eles não querem é vender o seu tempo.
Vender tempo, tempo vendido: este é o nosso negócio."
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