" De novo se perguntou para quem estava a escrever o diário. Para o futuro, para o passado - para uma era provavelmente imaginária. E diante dele erguia-se-se, não a morte, mas o aniquilamento. O diário seria reduzido a cinzas, e ele próprio vapor. Só Polícia de Pensamento leria aquilo que ele escrevera, antes de o varrer da existência e da memória. Como podia apelar-se ao futuro quando nem o menor vestígio de nós próprios, nem mesmo uma palavra anónima rabiscada num bocado de papel, tinha a hipótese de sobreviver fisicamente."
George Orwell - 1984
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