segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Comer fruta... em criança!


Uma das primeiras notícias que ouvi este ano foi a de que um estudo qualquer, desculpem lá mas não decorei de quem, chegou à conclusão ( e não sabíamos já todos?) que as crianças portuguesas comem muito pouca fruta, praticamente não bebem água e não praticam exercício físico.

Apesar de achar ridículo o espalhafato que se fez à volta de uma questão que é mais do que evidente há anos, acho-a muito importante e por isso decidi deixar a minha opinião sobre ela. "É de pequenino que se torce o pepino" e parece-me que depois de criado o hábito é mais fácil pô-lo em prática em adulto. 

Tudo antes de se pôr uma criança de 8 anos a fazer dieta sem comer sobremesas nenhumas, beber leite ou almoçar e jantar o mesmo que os outros. Parte-me o coração!!! Por isso vamos prevenir!!

Qualquer pessoa que lide com crianças (principalmente muitas e educadas por diferentes adultos) se apercebe que existem alimentações de todos os géneros e que tal como em todas as situações, a média prejudica a fama dos que se esforçam.

Existem sempre alguns adultos que são razoáveis nos lanches que enviam para a escola e que se percebe pelas conversa dos miúdos ou pela forma como comem na cantina que tentam dar uma alimentação equilibrada aos miúdos.

Mais uma vez, quanto mais possibilidades económicas, mais probabilidades de os "lanches" e refeições principais recorrerem a alimentos pré confeccionados e embalados. Por um lado porque não há necessidade de escolher produtos mais baratos e por outro porque os empregos deixam cada vez menos tempo livre.

Claro que um bollycao ou umas bolachinhas não vai fazer mal ao mundo, mas há miúdos que trazem para o seu lanche ao meio da manhã um pacote de bolachas cobertas de chocolate ou um pacote de batatas fritas com um refrigerante para acompanhar...

Mas vamos focar-nos em opções razoáveis dentro da nossa cultura alimentar:
- pão fresco com manteiga ou fiambre ou queijo ou doce ou marmelada;
- leite com chocolate ou leite branco em pacotinhos individuais;
- iogurtes de beber;
- 2 ou 3 bolachinhas, uns dias com chocolate, outros não
- uma barra de cereais ou uma caixinha com cereias
- 1 peça de fruta

Em relação a este último item sei bem que não é fácil comer fruta fora de casa, mas já vi várias crianças trazerem de casa maçãs, pêras e laranjas e também já vi pequenas caixinhas com fruta já arranjada. Já vi adultos que se esforçam por perceber qual a necessidade da criança para cada lanche (visto que as crianças fazem quase todas as suas refeições na escola).

Em relação às refeições era bom se fossem sempre completas e seria maravilhoso que os miúdos não fizessem tanta fita para comer a sopa e a salada. Mas com fita ou sem ela seria importante que fossem comendo de tudo, pela qualidade dos alimentos e pela necessidade de experimentar outras coisas e saber escolher entre o que é melhor e pior.

Para os mais crescidinhos era bom explicar-lhe com exemplos muito práticos que podem fazer escolhas e que não é necessário que todas as refeições sejam totalmente saudáveis ou o contrário. A ideia é criar na sociedade que nos vai preceder a noção de que a fartura cria a responsabilidade de escolha e que é preciso escolher o que se come para se viver bem.



Anónimo disse...

Muito honestamente, quando os adultos (pais ou não) são os primeiros a fazer as maiores atrocidades na sua alimentação, numa base diária, como é que se espera que dêm bons exemplos às crianças...
Uma coisa é comer uma guloseima de vez em quando, ou até mesmo ir ao marco máximo do fast food que é o McDonalds... Outra coisa bem diferente é comer porcarias todos os dias...
Infelizmente, este é um comportamento recorrente e cada vez mais comum...
Não é de espantar que os níveis de obesidade tenham aumentado de forma muito significativa em Portugal nos útlimos anos (crescimento ainda mais acentuado no que diz respeito à obesidade infantil)...

Rita

Teresa Margarida Costa disse...

Pois, Rita, é isso mesmo... o que vai de encontro a um dos meus próximos post... "As crianças aprendem por imitação..." (pelo menos a maioria)... bjoca

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