segunda-feira, 27 de julho de 2015
Antes de dormir
Incrível. Do que nos fala, para o que nos alerta, o que nos faz pensar...
Elaborado de forma a criar impacto, fazer-se lembrado, arrepiar e até... fechar os olhos de medo!
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Simplesmente, acontece...
Tardes quentes de verão? Filmes leves e divertidos :)
quarta-feira, 15 de julho de 2015
O Teorema (K)atherine
Do mesmo autor de "A culpa é das estrelas" de que já falei aqui no blog não me desapontou.
A escrita é leve e as personagens também. Juvenil mas pertinente, mostra-nos um conjunto de gente que é exatamente aquilo que é suposto ser e faz o que é suposto fazer.
Muito divertido e original nesta parte do teorema.
Fica uma ideia:
" É por isso qe as pessoas ficam fartas de ouvir as Pessoas Que São Deixadas queixarem-se dos seus problemas: ser deixado é previsível, repetitivo e aborrecido. Eles querem ficar amigos; nós sentimo-nos sufocados; as coisas revolvem à volta deles e nunca à nossa; e, depois, nós ficamos arrasados e eles ficam aliviados; acaba para eles e começa para nós. E, na mente de Colin, pelo menos, havia uma repetição muito profunda: todas as vezes, as Katherines o deixavam simplesmente porque não gostavam dele. Todas chegaram à mesmíssima conclusão acerca dele. Não era suficientemente fixe, nem bonito, nem esperto como esperavam - resumindo, não era suficientemente importante. E então acontecia-lhe outra vez e outra vez, até ficar aborrecido. No entanto, a monotonia não é sinónimo de indolor. No primeiro século da Era Comum, as autoridades romanas castigaram Santa Apolónia ao arrancarem-lhe e quebrarem-lhe todos os dentes, um a um, com um alicate. De vez em quando Colin pensava nisso em relação à monotonia de ser deixado: temos trinta e dois dentes. Depois de algum tempo, destruírem-nos todos os dentes pode tornar-se repetitivo, até mesmo aborrecido. Mas nunca deixa de doer."
"Acho que nunca preenchemos o nosso espaço perdido com a coisa que acabámos de perder. (...) Acho que os nossos pedaços perdidos nunca voltam a encaixar quando se perdem. (...) Foi isso que percebi: se, por algum motivo acabasse por ficar com ela, ela nunca preencheria o pedaço que perdê-la me causou."
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Os perseguidos
Bastante original, fácil de ler. Uma história que nos lembra o valor da infância, da verdade e do direito a crescer.
terça-feira, 7 de julho de 2015
O que se encontra quando se arruma...
Duas dúzias de pequenas cabeças que se concentram na pintura de mais um desenho.
Desta vez a professora vai dar nota e é a última ficha que têm para fazer. Têm que ter cuidado para seguir as instruções.
Conversam em surdina uns com os outros comparando o que cada um entende do que a professora explicou que era para fazer.
Sorrio.
Pensam que estou a trabalhar, mas daqui do fundo da sala entretenho-me a olhá-los, simplesmente.
para mim sempre foram muito mais do que um elevado número de alunos. são gente, são vidas...
Alguns chegaram-me às mãos ainda sem nenhuma noção do que era a escola, queriam que os deixasse no meu colo durante o dia ou que me sentasse "à sua beira" (expressão que me fascina pelo carinho contido no modo como a expressam) enquanto resolviam os exercícios.
Durante alguns dias queriam apenas brincar e parecia-lhes impossível manterem-se sentados durante tanto tempo.
Os outros, mais velhos, olhavam-nos como se fossem doutro planeta. Como se não tivessem também eles feito o mesmo "filme" na época anterior.Difícil foi convencê-los que havia regras que já não tinham idade para desrespeitar...
Dias e dias chegaram a chorar e com as mães à porta a pedir à professora ajuda porque não queriam vir à escola.
Agora a sala é o seu espaço. Logo de manhã esperam, sozinhos, com alegria que a professora chegue para lhe entregarem os preciosos presentes (flores que apanharam pelo caminho, desenhos, cartas, trabalhos que realizaram sozinhos com o que aprenderam nas aulas).
Muito barulhento e participativos é sempre necessário acalmá-los antes de começar (uma história costuma funcionar).
Cinfães, junho de 2005
Desta vez a professora vai dar nota e é a última ficha que têm para fazer. Têm que ter cuidado para seguir as instruções.
Conversam em surdina uns com os outros comparando o que cada um entende do que a professora explicou que era para fazer.
Sorrio.
Pensam que estou a trabalhar, mas daqui do fundo da sala entretenho-me a olhá-los, simplesmente.
para mim sempre foram muito mais do que um elevado número de alunos. são gente, são vidas...
Alguns chegaram-me às mãos ainda sem nenhuma noção do que era a escola, queriam que os deixasse no meu colo durante o dia ou que me sentasse "à sua beira" (expressão que me fascina pelo carinho contido no modo como a expressam) enquanto resolviam os exercícios.
Durante alguns dias queriam apenas brincar e parecia-lhes impossível manterem-se sentados durante tanto tempo.
Os outros, mais velhos, olhavam-nos como se fossem doutro planeta. Como se não tivessem também eles feito o mesmo "filme" na época anterior.Difícil foi convencê-los que havia regras que já não tinham idade para desrespeitar...
Dias e dias chegaram a chorar e com as mães à porta a pedir à professora ajuda porque não queriam vir à escola.
Agora a sala é o seu espaço. Logo de manhã esperam, sozinhos, com alegria que a professora chegue para lhe entregarem os preciosos presentes (flores que apanharam pelo caminho, desenhos, cartas, trabalhos que realizaram sozinhos com o que aprenderam nas aulas).
Muito barulhento e participativos é sempre necessário acalmá-los antes de começar (uma história costuma funcionar).
Cinfães, junho de 2005
segunda-feira, 6 de julho de 2015
A Invenção da Mentira
Fiquei um bocadinho desiludida com o desenvolvimento da ideia da invenção da mentira, mas talvez esperasse demais do filme, uma vez que já tinha ouvido dizer muito bem dele.
Apesar disso é um filme cheio de comédia, observações pertinentes e um romance inocente.
domingo, 5 de julho de 2015
Em rosa choque ;)
Depois do meu não partilhado, mas muito encorajador sucesso com a sopa de legumes e feijão verde da semana passada, fiquei tão orgulhosa da sopa desta semana: sopa de beterraba.
Tenho andado muito ocupada e, por isso, não tive paciência para tirar fotografia à minha, mas ficou mais rosa e por cima usei lascas de amêndoa que torrei.
Para quem gosta de beterraba (ou não, que eu já tinha experimentado e não tinha gostado) é muito fácil de fazer e muito light. É também muito atraente e serve-se fria, pelo que é ouro sobre azul.
Talvez tenha quebrado o feitiço de não conseguir fazer sopa. Têm ficado deliciosas, bonitas e com uma textura muito agradável ;)
sábado, 4 de julho de 2015
Noves fora um
Isto das pessoas é mesmo um entretenimento sem fim.
Basta não esperar nada e observar para ter pano e pano para histórias contar. Não que eu precise de muito para inventar histórias de vida às pessoas que não conheço e que encontro na rua...
Isto da percepção é mesmo algo individual e que cada um vê-se (ou ao que lhe pertence) como muito bem entende.
Uns ainda acham que têm permissão para discriminar positiva ou negativamente alguém de acordo com a sua cor (sim! pela primeira vez fui discriminada por ser branca), idade, estatuto profissional, estado civil (enfim... um pouco de tudo).
Outros vivem ainda em negação ou uma espécie de encantada fantasia onde a crise e as questões financeiras se rodeiam com vontades, "fechar de olhos" e palavras pomposas que usam para designar objetos, espaços ou situações que pessoas mais realistas teriam muita dificuldade em considerar certo.
Alguns vivem em preparação para o que os espera, entre obras, projetos, maquetes, compras, tabelas, agendas, livros e um ou outro copo de chá.
Existe quem não conheça o conceito de partilha, antecipação, sala, espaço, bonito, janelas...
Pessoas muito particulares e que me divertiram muito. A maioria sorridente, amável e confortável na sua pele.
De nove escolhemos um... não pessoas, mas espaços... a poucos minutos de ficar à beira mar plantado.
fotografia de Marta Filipa Costa |
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