quarta-feira, 27 de março de 2013
Des(amar)...
Há uns dias atrás vi esta mensagem numa página e espantei-me com a empatia imediata que tive com ela.
Só não concordo com a última frase. Este não é o lado mais triste do amor.
O lado mais triste do amor é a mentira e o desperdício de nós próprios num outro que nem nunca existiu a não ser aos nossos olhos. A parte mais dura do amor é sentir o interior despedaçar-se e implodir sem certeza de que se vá regenerar.
O lado mais triste do amor é fingir que se mantém um leve chama de esperança na recuperação, apenas porque sem tal fingimento não há caminho para percorrer e seria perder demais perder mais um bocadinho que fosse.
Sentir que se deixou de estar preso, iludido, marcado não é o lado mais triste do amor, é a liberdade em des(amar) aquele que nunca nos mereceu e esperar, verdadeiramente, voltar a Ser, sem cicatrizes...
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