HISTÓRIA DE QUEM VAI E DE QUEM FICA
Este terceiro volume não me impressionou tanto como os volumes anteriores (tê-lo lido logo a seguir ao segundo volume pode ter ajudado a que a narrativa me parecesse parada e monótona e as personagens muito semelhantes ao que se esperava de si mesmas).
Salpicado, tal como os volumes anteriores, de interessantes reflexões sobre a vida, as pessoas e a sua condição social, pessoal e profissional:
"Depois dirigiu-se a ... dizendo:
"Tens de dar mais tempo à tua mulher."
"Tem todo o dia à disposição."
"Não estou a brincar. Se não o fizeres, és culpado, não só no aspeto humano como no político."
" Qual seria o crime?"
"O desperdício de inteligência. Uma comunidade que acha natural sufocar com os cuidados dos filhos e da casa tanta energia intelectual de mulheres, é inimiga de si própria e não se apercebe disso."
Esperei em silêncio que ... respondesse. O meu marido reagiu com energia:
"A ... pode cultivar a inteligência quando e como lhe apetecer, o essencial é que não me tire tempo a mim."
"Se não o tirar a ti, a quem o tira?"
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