" Even if i'm leaving you at the door
Even when I'm playing with the fire
Even when I'm doing that for all my life
Harder than imagined
Harder when I let it go
Tell me that love is enough
Never ever would I get my love escape
Never keep you from
the promises I gave you
In another lifetime
I will never change my mind
I will do it again
Ooh, a thousand times
Just to let you in here
Where you make me lose my mind
And I Know that I find you
If I only get a thousand times"
É maior do que eu esta necessidade de não ficar.
Ainda assim é com vagareza e a custo que largo o molho de chaves que tenho carregado no meu bolso como promessa (não cumprida) de sempre voltar.
Talvez antes.
Talvez depois.
Talvez em outra vida.
Quero voltar-me, abrir a porta e sair, mas o meu olhar fica preso nesta caixinha azul onde as chaves parecem hipnotizar-me e me devolvem à mente a imagem do teu corpo, a suavidade do teu toque, a entrega explícita do teu beijo, a atração do teu sorriso.
Como se brincasse com um fósforo aceso que sem cuidado tivesse deixado cair no alpendre de madeira.
Caminho que não regressa, momento que não volta atrás.
Ainda assim movo, a custo, o peso exarcebado que se fez em meus pés, a imobilidade que preencheu o meu ser.
Gostava de saber ficar, de saber deixar-me fundir neste espaço que tantas vezes conteve a dispersão em que contigo se suavizou o meu pensamento.
Quando voltares, descobrir-me-ás para sempre ausente.
Mas tu em mim, regressarás, seguramente, um milhão de vezes.
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