terça-feira, 4 de abril de 2017

Da arte


Não raras são as vezes em que penso que a maior parte de mim, a melhor parte de mim, invariavelmente, vive somente comigo. 

Sempre morri de medo de perder esse eu que vive dentro dos meus pensamentos numa doença qualquer ou simplesmente com a velhice.

Acho que por muito perfeitos que todos queiramos ser (pelo menos equilibrados) todos acabamos por perceber que a vida corre e o tempo escasseia, tornando-se o nosso bem mais precioso e que por uma razão ou por outra acabamos por desenvolver mais umas partes do que outras.

Verdade que embora procure cada vez mais um equilíbrio entre todas as partes como forma de formar um todo mais coerente, sempre desenvolvi mais esta parte intelectual e criativa.

E é agora que descubro, com uma grande vontade de dar uma prespetiva nova e uma abordagem completamente diferente, os prazeres do exercício físico que percebo que tudo se pode tão bem conjugar.
Como neste trabalho.

Quem me conhece sabe que adoro ouvir música, gosto muito de ver espetáculos de dança e que fico sempre muito sensibilizada com o que leva estes artistas a tanto empenho e aprendizagem. E continuarei a agradecer de cada vez que o trabalho de alguém me fizer parar um segundo para me emocionar, para me sentir viva, para me impressionar. Agradecer, desejando sempre que mais e mais pessoas se dediquem efetivamente a algo que lhes preencha a vida e que as ajude a perceber os outros melhor.

Numa sociedade cheia de pragmatismo e protocolos, que se valorizem os artistas que por muito comerciais que sejam tenham o poder de chegar a muitos públicos.
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