sábado, 13 de junho de 2015

Coscuvilhices...

the wheels of dreaming by Loui Jover
Uma vez que me encontro uma vez mais de partida e se avizinha outra mudança de casa (sabe Deus para onde e ainda não pode desvendar) tenho tentado programar a minha preguiça, a dor dos meus pés no final do dia de trabalho e o mau humor geral que a situação me provoca para começarem a tratar das coisas chatas que envolve todo o processo.

Aquelas decisões que só eu posso tomar: encaixotar, decidir onde encaixotar, etiquetar, doar, deitar fora, gastar... Tarefas muito, muito, muito chatas, mas que, quando bem feitas dão muito jeito. Vou ficar muito contente comigo quando, em Abril decidir que quero um livro qualquer que já li ou um qualquer manual escolar me daria muito jeito para resolver uma situação e não tiver:
a) que procurar em todas as caixas;
b) desistir e arranjar outra solução porque já não o encontro que é o que acontece a quem deixa as caixas no norte e vive a vida no sul.
Como se percebe estou animadíssima (ou não).

Assim, na tentativa de proteger os meus documentos digitais, que são cada vez mais preciosos à medida que me despojo, literalmente, dos meus bens materiais, vou esperando minutos que me parecem intermináveis, para que o computador e a ligação à internet se dignem a fazer aquilo que quero.

Ouço música e olho pela janela. Na última meia hora, algumas coisas fizeram soar os alarmes da curiosidade na minha mente: porque motivo o aparelho de rega automática de relvado rega mais os carros que estão estacionados em frente do que o relvado? Porque motivo regam entre as quatro e as quatro e meia da tarde? Não era suposto regar numa hora de menos calor? O que leva os vizinhos do prédio da frente a terem, os seis, as persianas fechadas todo o dia? Deste lado do prédio já não bate o sol, estarão todos fora? Ou já não vive lá ninguém?

Sim, sei que coscuvilhar o que se passa na frente do meu prédio não faz parte das tarefas listadas no papel com bolinhos que tenho pendurado na parede à minha frente, mas... distraí-me com a demora do computador e já que estava à frente dele esta foi uma daquelas raras ocasiões em que a minha mente elabora e os dedos escrevem quase ao mesmo tempo.

Palavras de profundo conhecimento ou valorizado conforto? Não. Não me parece.
Ficam apenas como registo de como me aborrece ter que fazer o que não me apetece e como se distrai a minha mente está aborrecida ;)

Beijocas e bom sábado!

Imagem: The Wheels of dreaming by Loui Jover
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