terça-feira, 30 de junho de 2015

Nova estação :)


Há muito na minha lista de tarefas (e da minha ajudante) finalmente conseguimos dar um ar mais leve ao blog. Espero também que seja mais fácil ler em todos os equipamentos. 
O meu agradecimento à Marta Filipa Costa que apesar dos 300 Km que nos separam teve a paciência para tentar fazer aquilo que eu tinha na minha cabeça e lhe fui explicando por mensagens.
Eu gostei muito do resultado final, embora esta 
mudança tenha coincidido com mais uma fase em que não consigo dar-lhe o devido uso. 
E vocês?



Fotografia de Marta Filipa Costa (telemóvel)

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Everyday



Há qualquer coisa nesta desorganização e na forma como se organizam as melodias e as vozes que me apaixona. Faz-me dançar. Gosto!

terça-feira, 16 de junho de 2015

A Arte Perdida de Guardar Segredos

Encantada que fiquei com este título, deixei-me namorar com o tom rosa sobre esverdeado ( que nesta única foto que encontrei não se vê) e convencer pelo preço apelativo. Apesar de ter muitos livros na prateleira de "Em espera para ser lido" decidi comprá-lo e assim que acabei o que estava a ler, passei-o à frente na fila, cheia de curiosidade que estava para saber do que se tratava.

Pois bem! Não era nada do que eu esperava!
Mas é uma história envolvente que nos leva daqui para um outro mundo (o que a mim me dá muito jeito para combater as insónias) e nos faz presentes em diálogos de um tempo que já não existe.

Esta história passa-se em Inglaterra , durante a recuperação do abalo social provocado pela segunda guerra mundial e tem a particularidade de falar do panorama musical antes da consagração de Elvis Presley. É delicioso, divertido, leve e tão caracteristicamente inglês do século passado.

"(...)
-Grava o Elvis Presly.
- Mas não o conhecemos. É um cantor qualquer que o tio Luke conheceu.
- Para mim chega.
- Mas afinal o que é que ele tem de mais?
- Tudo. Estás é com medo porque sabes muito bem que ele ainda é melhor do que o Johnnie.
- Claro que não é!
- Desculpa, Penelope, mas é verdade.
- Então porque não o ouvimos na rádio? Porque não vem ele tocar ao Palladium no próximo mês? - ouvi a minha voz ficar histérica, mas Inigo limitou-se a sorrir-me irritantemente, a agrupar as cartas na mão.
- Quando o Elvis Presçey for famoso, arruma com todos- afirmou sem sequer levantar a voz. - É tão simples como isso.
- Mostra-me uma fotografia e eu depois digo-te - ripostei.- Porque não acredito que possa parecer mais maravilhoso que o Johnnie
(...)
- O tio Luke diz que ele tem um ar esquisito.
- Esquisito é o que interessa. - bocejou Inigo.
(...)
Mas quem é que se vai lembrar do Elvis Presley daqui a vinte anos? - bradei - Ninguém! Mas todos se vão lembrar do Johnnie! Só o ouviste cantar quatro canções!
- Acredita no que quiseres - replicou Inigo - mas eu sei que o Elvis Presley tem qualquer coisa de diferente. Não sei dizer porquê ou como, mas sei. De certeza.
- Não estou a dizer que não gosto dele - admiti, contrariada, quando já íamos a subir para nos deitarmos - só que não se compara com o Jonhie.
- Claro que não se compara com o Johnnie - concordou Inigo- Não é comparável a ninguém. É o Elvis Presley. E chega."

domingo, 14 de junho de 2015

O primeiro da classe


Parece um tema muito recorrente por aqui, eu sei, mas este foi uma sugestão da minha mãe que estava na minha lista desde a páscoa.

Não deixando de ser mais uma história de alguém que soube dar a volta às adversidades, é um filme muito bem conseguido e divertido que pode ajudar-nos a relativizar várias questões.

Para quem interessam dramas e histórias de vida reais ou para quem simplesmente procura os efeitos de uma boa vitória ;)

sábado, 13 de junho de 2015

Coscuvilhices...

the wheels of dreaming by Loui Jover
Uma vez que me encontro uma vez mais de partida e se avizinha outra mudança de casa (sabe Deus para onde e ainda não pode desvendar) tenho tentado programar a minha preguiça, a dor dos meus pés no final do dia de trabalho e o mau humor geral que a situação me provoca para começarem a tratar das coisas chatas que envolve todo o processo.

Aquelas decisões que só eu posso tomar: encaixotar, decidir onde encaixotar, etiquetar, doar, deitar fora, gastar... Tarefas muito, muito, muito chatas, mas que, quando bem feitas dão muito jeito. Vou ficar muito contente comigo quando, em Abril decidir que quero um livro qualquer que já li ou um qualquer manual escolar me daria muito jeito para resolver uma situação e não tiver:
a) que procurar em todas as caixas;
b) desistir e arranjar outra solução porque já não o encontro que é o que acontece a quem deixa as caixas no norte e vive a vida no sul.
Como se percebe estou animadíssima (ou não).

Assim, na tentativa de proteger os meus documentos digitais, que são cada vez mais preciosos à medida que me despojo, literalmente, dos meus bens materiais, vou esperando minutos que me parecem intermináveis, para que o computador e a ligação à internet se dignem a fazer aquilo que quero.

Ouço música e olho pela janela. Na última meia hora, algumas coisas fizeram soar os alarmes da curiosidade na minha mente: porque motivo o aparelho de rega automática de relvado rega mais os carros que estão estacionados em frente do que o relvado? Porque motivo regam entre as quatro e as quatro e meia da tarde? Não era suposto regar numa hora de menos calor? O que leva os vizinhos do prédio da frente a terem, os seis, as persianas fechadas todo o dia? Deste lado do prédio já não bate o sol, estarão todos fora? Ou já não vive lá ninguém?

Sim, sei que coscuvilhar o que se passa na frente do meu prédio não faz parte das tarefas listadas no papel com bolinhos que tenho pendurado na parede à minha frente, mas... distraí-me com a demora do computador e já que estava à frente dele esta foi uma daquelas raras ocasiões em que a minha mente elabora e os dedos escrevem quase ao mesmo tempo.

Palavras de profundo conhecimento ou valorizado conforto? Não. Não me parece.
Ficam apenas como registo de como me aborrece ter que fazer o que não me apetece e como se distrai a minha mente está aborrecida ;)

Beijocas e bom sábado!

Imagem: The Wheels of dreaming by Loui Jover

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Vou continuar à espreita ;)

2012

Custa-me muito largar a tua mão e deixar-te para trás.
Quis sempre o melhor para ti, vasculhei em mim o melhor para te dar, lutei por ti, empurrei-te escada acima para que chegasses o mais alto possível.
Para ti esteve sempre o meu coração totalmente aberto, e a minha paciência e perspicácia a trabalhar. 
Às vezes revi-me em ti. Nos teus medos, nas tuas resistências, mas também nos teus esforços, na tua sensibilidade, na honestidade das tuas ações. 
Quis pegar-te ao colo muitas vezes e dizer-te que sabia que era difícil, mas mais forte do que isso foi sempre a minha vontade de que te pusesses à prova e que, com o tempo, pudesses sentir a maravilhosa sensação do sucesso, da vitória. 
Queria dar-te o prazer de conheceres a plenitude de te sentires realizado, de teres conseguido aperfeiçoar-te. 
Só por isso não pude, efetivamente, levar-te ao colo ou dar-te a mão. 
Mas embora não o tenha feito fisicamente, em nenhum momento deixei de o tentar fazer nos bastidores, de onde vi, com muito orgulho e emoção, a mudança da tua postura, do teu sorriso, da tua confiança.

Choro quando penso nesta despedida. Do adeus às conversas soltas, às gargalhadas, à cumplicidade que criámos nas lutas minuto a minuto. Sei que não facilitei, mas também sei que mesmo que não saibas expressá-lo, compreendes as minhas motivações e sentes o meu afeto.

Temo largar-te nas mãos de outra pessoa, mas sei que será sempre assim.
Eu sei que sou só uma etapa. Uma hipótese com tempo estabelecido. Uma janela na tua vida. 
Por isso a abro quer faça sol quer faça chuva, porque só tenho esse tempo e quero que o aproveites, ainda que depois ninguém volte a abrir a janela...

Apesar de racionalizar tão bem que não me pertences, parte de mim sente que te deixo na mão.
Que te empurrei no baloiço, te dei o poder de voar e que agora me afasto para não te ver cair.
Que é uma atitude egoísta, esta de me dar mais importância do que a ti.

Equilibro-me com dificuldade nestes pensamentos. 

Entrei neste jogo para mudar o mundo, queria influenciar pessoas, queria mudar pensamentos, mas foi o jogo que me mudou a mim.
Que me foi alertando para o que ainda é preciso fazer, me mostrou efetivamente tudo o que é preciso mudar.

Seja onde for, tu estarás sempre lá e eu estarei sempre contigo.
Pelo menos a minha energia e o bem que te quero e o quanto acredito que és capaz.
Mesmo que já não ouças a minha voz, podes ouvir-me dentro de ti. 
Escuta.
 Estarei a segredar-te que te animes e que te esforces. 
Tenho a certeza que chegas lá! 
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