terça-feira, 9 de dezembro de 2014

No Anexo



Só quem, como eu, tem esta verdadeira paixão por livros é que pode entender a intensidade da felicidade que sinto quando, no meio de tantos livros que leio, me passa pela mão, uma história, que me prende de tal modo a atenção que nem a necessidade de dormir consegue apagar, levando-os comigo nos sonhos, nas tarefas diárias, nas conversas com os outros, na vida...

Foi o caso. Estou feliz. 

Iniciada a leitura, propositadamente, 
numa sexta à noite, 
no sábado à noite estavam lidas as 284 páginas que compõem o livro.

Tal como o subtítulo prometia "a incrível história do rapaz que amou Anne Frank", imaginada por uma leitora do mesmo diário, conhecedora depois de muitos relatos e fatos reais.

Não deixando de ter a incontornável humanidade e beleza de todas as histórias desta época histórica é muito verosímil e apaixonante, principalmente para quem também leu o "Diário de Anne Frank" e conhece a sua história.

Bastante surpreendente é também o relato feito pela personagem do que (imagina a autora) poderia ter acontecido após terem sido denunciados estes judeus que se escondiam no que Anne Frank decidiu designar de Anexo. Surpreendente pelo horror dos atos praticados e das privações vividas, mas principalmente pela influência que a contagiante personalidade de Anne poderia ter tido nos que, ainda que a contragosto, conviveram com ela.

Muito bonito. Mais um trabalho muito interessante e bem feito e que nos faz pensar na influência que temos e recebemos dos outros quando estamos distraídos com os problemas da vida e em como podem ser únicos os momentos, que num momento (passo a redundância) nos pareceram tão banais.
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