Tenho lido imensas críticas a muitos blogs e páginas e perfis sobre os seus conteúdos e sobre a exposição a que submetem a sua vida privada.
Sempre escrevi tudo o que me apeteceu.
Nunca tive diários, mas sempre tive caderninhos e blocos que, em geral, não mostrava a ninguém por não ver em ninguém a necessidade de os ler.
Partilhar o que escrevo é um gesto tão natural para mim como realmente pensar aquilo que escrevo. Partilhar com um mundo, pequeno, grande, partilhar com quem quiser ler é simplesmente largar as palavras e deixá-las à toa.
Só há pouco tempo comecei a repensar o que publicar, o que limita largamente o gozo da experiência. Racionalmente tenho alguma esperança de que alguém se sinta menos só, estranho ou incompreendido a ler as coisas que partilho. Esse sim era um verdadeiro sentido para este impulso.
De resto, creio que as pessoas que me conhecem bem sabem que coexistem pacificamente várias facetas no meu dia a dia, personalidade e na vida.
Não sou só aquilo que escrevo, sendo isso bom ou mau.
Sou muitas, sou humores, dias difíceis, dias de paz, solidão, brincadeira, família, trabalho, política, desporto...
Não estou triste quando o post é mais íntimo, não mando recados para ninguém e não sou fútil porque partilho "coisas de mulheres".
Tudo são apenas sugestões, coisas que me agradam e que acho que vão agradar a outros, reflexões, coisas que me vão na cabeça e que largo aqui para poder recomeçar, pensar de novo, viver...
Não percebo bem esta obcessão com a privacidade, aliás tenho dúvidas desta definição de privacidade...
Por isso, por hoje, partilho esta minha opinião e posso adiantar que estou calma, em paz e embrenhada em inúmeros mini-projetos pessoais.
Beijos para todos os que me visitam.
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