sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Meiga sonoridade...




"Fiz este reggae para você
para nunca mais se esquecer
que eu ainda estou aqui
e que não tem porquê fugir..."

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Dos pormenores, das coerências, da passagem do tempo

2007 2008 20072 20073 20074 20081 20082 20083 20084 20085 20086 20088 200811 200812 200816 200817 200819 200820 200821 2014 20141 20142 20143 20144 20145 20146 20147

Sempre dei muita atenção aos pormenores: ao verniz, ao calçado, ao brilho da pele, ao reflexo do cabelo.
Tenho uma verdadeira fixação por mãos e os pés bonitos também me fascinam. 
Quem lida comigo no dia a dia sabe que não há dia em que não traga pelo menos uma pulseira, sendo que na maioria das vezes trago muito mais ;) 

O que não tinha reparado é que os fotógrafos ou os apaixonados por fotografia que, num momento ou noutro passeiam comigo, também têm a mesma fixação pelos mesmos pormenores em mim ;)

 Aqui, fotos de 2007, 2008, 2013 e 20014 de Marta Filipa Costa... 
...como prova e reconhecimento... 


 Beijos miúda!

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Rascunhos #3




“ Ao fim de tantos anos perdoo-te o que fizeste, embora não tenha a certeza se te desculpo o tempo que demoraste a confessar-te e o fato de após tantos anos me teres feito reviver tudo de novo”.


david uzochukwu

Havia demasiada percentagem de improbabilidade naquela relação.
Separavam-os:
doze anos de vida,
três graus académicos, 
cinquenta por cento de ordenado, 
cem quilómetros, 
o casamento de um contra a solteirice de outro,
o filho de um lado e o nenhum do lado de lá, 
a família num núcleo unido de um e o outro com um família separada em pedaços doentios e triste,
a alegria inerente a um, a depressão inerente a outro…

Mas das taxas de impossibilidade se criam as realidades e os dois iniciaram uma relação cheia de pontos profundamente distantes entre os momentos de felicidade e os de discórdia.
Ela tinha-lhe mostrado a doçura da vida, a facilidade, o colorido, a verdade, o iniciar dos projetos, a energia própria dos jovens, a luxúria, o afeto, a atração. 
Ele tinha-lhe dado a conhecer o respeito, a calma, a proteção, a disponibilidade, a maleabilidade, a admiração.
Até que ela se apaixonou por outro, abandonando-o sozinho ao seu desespero sem nunca lhe ter dito o verdadeiro motivo.


david uzochukwu

O remorso fez-me escrever-te.
Pensei muitas vezes ao longo deste anos em pedir-te a desculpa e assumir a verdade do que aconteceu.
Na altura não conhecia a força do verdadeiro amor, tal como não sabia o suficiente da vida para saber que não te amava verdadeiramente. 
Talvez tenha estado próxima de estar apaixonada por ti, mas estes anos mostraram-me que aquilo que me atraía para ti era o eu que se refletia no teu olhar, a fé e admiração que depositavas em mim, a facilidade com que encaixaste na minha vida, nas minhas rotinas, sem fazer mossa, sem tirar pedaço, sem incomodar.
Percebo agora que essa suavidade e pacatez não são bons indícios para uma relação. 
Uma relação forte  dá trabalho, angustia, modifica, acrescenta.
Ainda assim,nunca pretendi fazer-te sofrer, enganar-te, mentir-te, fazer-te mal. 
Mas fiz e tenho consciência da dimensão desse mal. 
Sempre tive e, por esse o motivo nunca consegui dizer-te a verdade,  acabando por te ser emocionalmente tão desleal.
Perdoa-me a fraqueza e a covardia.
Desculpa-me, se puderes. 
Em minha defesa apenas te posso dizer que não sabia que tal poderia acontecer. 
Não sabia que me podia apaixonar, não sabia que existiam emoções que me levariam a pôr a minha palavra em causa.

sábado, 16 de agosto de 2014

Gosto de ouvir...


           Gosto :)

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Correio Armadilhado

            

Velocidade e diversão e uma pitadinha de coração.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Bem!


domingo, 10 de agosto de 2014

Renegados #2



Não é verdade que sou alérgica a gatos.
Sai da minha boca esta mentira que delicadamente inventei enquanto bebo uma chávena de café bem quente e olho o escorrer das gotas da chuva na janela.
Passei boa parte da noite a pensar nisso, sentindo o peso do teu abraço.
A minha mente ocupou-se com as múltiplas formas que teria de me libertar daqui, de fugir de ti…
Podia silenciosamente levantar-me, vestir-me e sair.
Ou podia tomar este pequeno-almoço contigo, nesta manhã chuvosa de domingo e depois desaparecer, sem dar mais notícias.
Podia até, imagina, inventar uma discussão contigo.
Essa ideia pu-la logo de lado por não gostar de discussões e por achar que as mesmas se geram no amor e no interesse e não nesta apatia e desilusão que me consome, agora, sempre que olho para ti.
Ainda assim, não quero dizer-te a verdade.
Não me apetece ter de explicar o que sinto.
Tu não vais entender nada e eu vou respeitar-te ainda menos.
Depois virás com a tradicional conversa de que as mulheres são complicadas ou de que as hormonas devem estar a confundir-me a cabeça.
De forma desanimadora, tenho a certeza que vais fazê-lo, porque é o que todos fazem quando ficam encurralados na mais fria e completa ignorância em relação ao que nos vai na cabeça.
Vou cansar-me de te explicar, vou dizer-te que o que temos não vale o esforço da discussão.
Tu vais, finalmente, acusar-me de duas ou três coisas que entretanto te chegaram ao pensamento. Não porque te tenham verdadeiramente incomodado, mas apenas porque te apercebeste que não me deténs e não és dono de nenhuma parte de mim.
Enfim, como não queria discutir, também não era opção dizer a verdade.
E a noite passou, enquanto eu ainda te olhava, na vã esperança de voltar a sentir algo mais do que a urgência do teu toque.
Agora que estamos aqui, frente a frente, sinto-me sufocar e sei que não posso adiar mais.
Estás silencioso. Não sei se de reação ao meu próprio silêncio ou por não teres, efetivamente, nada a dizer. Talvez, por estes dias, a segunda opção seja a mais plausível.
- Sabes, cheguei à conclusão que sou alérgica a gatos.
E, enquanto digo isto, olho de lado para o Sebastião que parece ter sido espetado por uma faca, como se percebesse a intensidade da mentira que acabava de proferir.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Risada

" Vamos dando risada
   que a vida nos chama, 
   não dá para chorar.
   A minha oração é bem curta 
   para o santo não entediar..."

Há lá quem consiga resistir à vontade de dançar. 
Vamos que vamos. Vamos ver no que dá ;)

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Sobre o estar apaixonado

" Estou apaixonado por ti e sei que o amor é apenas um grito no vazio e que o esquecimento é inevitável e que estamos todos condenados e que chegará o dia em que todo o nosso esforço será devolvido ao pó, e eu sei que o Sol irá engolir a única Terra que alguma vez teremos, e eu estou apaixonado por ti."

A CULPA É DAS ESTRELAS - John Green

Efémeros ou nem tanto...


Foto no blog Salt of Portugal

Durante o "Festival Jardins Efémeros" que se instalam em Viseu durante 10 dias,no final de julho, mais de 150 toneladas de plantas ocupam o centro histórico Viseu, dando o mote ao Festival Jardins Efémeros, que 

A invasão de toneladas de plantas, a ocupação de prédios devolutos e de não-lugares, conjugada com a vontade de lhes dar um novo sentido, através das artes, cultura e ciência, são os alicerces do Festival Jardins Efémeros, que este ano tinha em carteira 283 atividades.

Bastaria esta descrição para vos encantar? Pois. Também a mim. Apesar de este ano já ter decorrido o IV Festival anual, eu, como  não podia deixar de ser não pude ver ou estar em nadinha de nada, mas, tal como em outros anos, fico ainda com mais água na boca com as "sobras" que ficam na cidade depois do evento e que nos dão uma pequena pista do que podíamos encontrar e com o que me contam os que poderam usufruir.

No ano passada as magníficas pinturas nas portas das lojas que continuámos a ver dia após dia, principalmente eu que passava muito pela rua direita quando as ruas estavam fechadas.
E estes anos, espantem-se, as mesas que falam!!! Quando a minha mãe me contou, fiquei encantada com a ideia de pendurarem de cabeça para baixo, mesas antigas utilizadas em escolas, oficinas, associações, etc, colocadas em locais estratégias da rua (livraria, costureira...) e que falam (ou seja, por baixo das quais se podem ouvir gravações, como por exemplo, de uma menina a ler uma composição).

O inusitado das mesas no céu e a imprevisibilidade desta instalação, em conjunto com a envolvência romântica e pitoresca da rua, outrora, centro de atividade comercial que nos dias de hoje se pretende recuperar, transporta-nos para um  um mundo de fantasia, tão pessoal e fantástico quanto a nossa vontade de nos deixar levar.  



segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A Rainha


Talvez porque é uma história (ou pelo menos parte dela) que me lembro perfeitamente de ter visto nos telejornais, ou talvez porque sempre me intrigaram os mundos onde os protocolos se sobrepõem às pessoas até deixarmos de realmente as poder ver enquanto seres. Seja pelo que for eu gostei bastante e o sotaque britânico... delicioso :)

sábado, 2 de agosto de 2014

A culpa é das estrelas


Se um amigo me pedisse um livro para ler, seria este. 
Apesar da temática dramática, acrescenta-nos.
É uma daquelas experiências tão íntimas que as sabemos automaticamente como positivas sem, no entanto, conseguirmos concretizar exatamente o seu porquê.
Concordo com a descrição no próprio livro: "Perspicaz, arrojado, irreverente e cru",
com a crítica de Markus Zusak " um romance de vida e morte e das pessoas que são apanhadas pelo meio (...). Rimos, choramos e depois voltamos para ler mais."
e de Jodi Picoult "Repleto de explosões descontínuas de humor e tragédia, (...) dá a volta a temas universais - Serei amado? Serei recordado? Deixarei a minha marca neste mundo?- elevando dramaticamente a fasquia das personagens que fazem as perguntas."

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