sexta-feira, 28 de junho de 2013

STOP!


Ser abanado pela vida. Sentir o coração parar. Não há ar, não há respirar, não há pensamento. Não há vida...
E no fragmento de segundo seguinte já há. É inevitável continuar após o choque, o impensável, o doloroso, o demais.
Aquele demais que por ser tão demais não tem solução.
A vida, o destino, uma entidade superior ou o tão somente badalado acaso põem alguns de nós à prova, alguma vez...algumas vezes... muitas...
Provas de fogo, inesperadas, impensáveis,nas nossas iludidas mentes, distantes.
Logo imediatamente no momento seguinte é preciso voltar a viver, respirar, ver, muitas vezes falar, andar e até, ironia do destino, pensar...
E todas essas capacidades reaparecem, renascem, capacitam o ser que sentimos como parado, confuso, imerso.
Até que a pouco e pouco começamos a emergir, a sorrir, a sentir-nos de novo e adaptamo-nos ao mundo que entretanto se modificou para nós, moldamo-nos, tacteamos os seus contornos e alguns de nós, os mais fantásticos, os mais ricos, os mais poderosos e evoluídos conseguem encontrar momentos de felicidade e vida onde tudo é aparentemente dor, desgraça, morte...
E a partir daí somos efetivamente mais fortes, mais completos, mais compreensivos, mais abrangentes, melhores...

A propósito de http://misturaurbana.com/2013/05/fotografo-retrata-o-avanco-do-cancer-em-sua-esposa-ate-a-morte/


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