"To be in love" é uma expressão tão mais esclarecedora do que "estar apaixonado" porque implica logo a sensação de se estar imerso em algo que é exatamente o que se sente quando se está apaixonado.
A de não sentirmos com clareza o peso do nosso corpo, podendo aproveitar-nos desse estado "in" para suavizar a nossa caminhada, as contrariedades do nosso dia a dia ou as nossas feições faciais...
Ou...
Ou estar irremediavelmente "in" como "em lama" ou areia que nos cansa o corpo e nos tolda a mente, como carga que se acrescenta ao peso diário que todos suportamos na nossa vida.
Reparei neste pormenor pela insistente questão que me fazem "Ainda? Porquê?"
Não sei porquê e também eu reforço o "ainda" cansado de um assunto que não tem nada para abordar, do qual já não há necessidade de falar por já estar tudo dito.
E foi neste porquê que percebi que amar verdadeiramente não tem explicação nem retribuição obrigatória.
Amar com o coração, pelo menos.
É a nossa mente que ama com a razão, que se agarra às certezas, às demonstrações de carinho, às retribuições.
O nosso coração fica "in" e pronto!
Mesmo que se revele um "in" que a nossa razão gostaria de tornar num "out".
Mesmo que essa mesma razão, a força de vontade e a voz repetida dos nossos amigos e da nossa consciência sejam fortes o suficiente para nos "tirar" desse estado de imersão.
Quando o coração ama, ama incondicionalmente.
Ama até o que se revela imperfeito, doentio, inconstante. Encontra-lhe falhas que julga poder preencher...
Bem...
Não sei se todos os corações ou somente o meu.
18/01/2011
Enviar um comentário